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Narciso, a paixão por si mesmo

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Narciso, um jovem de extrema beleza, era filho do deus-rio Cephisus e da ninfa Liriope. No entanto, apesar de atrair e despertar cobiça nas ninfas e donzelas, Narciso preferia viver só, pois não havia encontrado ninguém que julgasse merecer seu amor. E foi o seu desprezo pelos outros que o derrotou.

Quando Narciso nasceu, sua mãe consultou o adivinho Tirésias que lhe predisse que Narciso viveria muitos anos desde que nunca conhecesse a si mesmo. Narciso cresceu tornando-se cada vez mais belo e todas as moças e ninfas queriam seu amor, mas ele desprezava a todas. Certo dia, enquanto Narciso descansava sob as sombras do bosque, a ninfa Eco se apaixonou por ele. Porém tendo-a rejeitado, as ninfas jogaram-lhe uma maldição: - Que Narciso ame com a mesma intensidade, sem poder possuir a pessoa amada. Nêmesis, a divindade punidora, escutou e atendeu ao pedido.

Naquela região havia uma fonte límpida de águas cristalinas da qual ninguém havia se aproximado. Ao se inclinar para beber água da fonte, Narciso viu sua própria imagem refletida e encantou-se com sua visão. Fascinado, Narciso ficou a contemplar o lindo rosto, com aqueles belos olhos e a beleza dos lábios, apaixonou-se pela imagem sem saber que era a sua própria imagem refletida no espelho das águas.

Por várias vezes Narciso tentou alcançar aquela imagem dentro da água mas inutilmente; não conseguia reter com um abraço aquele ser encantador. Esgotado, Narciso deitou na relva e aos poucos seu corpo foi desaparecendo. No seu lugar, surgiu uma flor amarela com pétalas brancas no centro que passou a se chamar, Narciso.

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Na cultura grega e em muitas outras, tudo o que excedia e estivesse acima dos limites e da medida (métron) acabava se transformando em algo assustador porque poderia levar à hybris, que é descomendimento e desequilibrio. O excesso de beleza não era bem aceito pois somente aos deuses era permitido o exagero, e a excessiva beleza de Narciso desafiava a supremacia dos deuses.

O mito de narciso parece uma triste história infantil para ensinar às crianças a não serem egoistas, que pensem nos outros, que não sejam presunçosas, porém encerra uma verdade profunda e atual. Os mitos não são tolos, e por mais que tentássemos dizer que sabemos a moral da história, o mito de Narciso está presente em todos nós.

Narciso foi transformado numa flor e a ela são creditadas propriedades entorpecentes devido a substâncias químicas que exalam. Os Narcisos plantados nos tumulos simbolizavam a morte apenas como um sono, que floresceria na primavera. O narcisismo, que tem o seu nome derivado de Narciso, ambos derivam da palavra grega narke, entorpecido, de onde também vem a palavra narcótico. Assim, para os gregos, Narciso simbolizava a vaidade e a insensibilidade, pois Narciso era emocionalmente entorpecido às solicitações daqueles que se apaixonaram pela sua beleza.

O mito de Narciso leva ao tema da transitoriedade da beleza e dos laços que unem o narcisismo à inveja e à morte. O dilema do narcisismo é resumido naquele que está condenado a permanecer prisioneiro do mundo das sombras, do seu amor por si mesmo ou libertar-se através do autoconhecimento e da capacidade de conhecer os outros, mas o preço é a morte simbólica do ego, para que possa nascer novamente para um novo Eu superior, profundo e sagrado, que em si oculta.

Narciso morre porque olha só para si mesmo, esse é o perigo de quem dedica toda vida a satisfazer necessidades que não atendem ao verdadeiro anseio humano de se realizar. Eco morre porque só olha narciso, esse é o perigo de projetar no outro a nossa razão de viver. Narciso simboliza a capacidade de olharmos para nós mesmos; Eco simboliza a capacidade de olhar o outro. É o olhar em si que encontra o outro; é o olhar no outro que encontra a si mesmo.

Embora o narcisista pense apenas em si, nunca poderá conhecer a si mesmo se não tiver uma posição exterior para se ver como realmente é. Narciso é incapaz de ver o efeito que provoca nos outros; sabe que atrai aduladores e admiradores e Eco transforma-se no espelho do negligente Narciso. Ele se julga intocável; ela alimenta o desejo de estar em seus braços.

Eco é a repetição das ideias conhecidas sempre hostil ao novo. Ao se apaixonar por Narciso, Eco repetiu... repetiu... e foi perdendo força, impedida de viver e amar. Eco se refugiou nas grutas, assim como a mente que teima em repetir perdendo quotas do que é novo em suas vidas. O presente é a única instância onde a vida se processa; o futuro ainda não existe e o passado é repetição, um eco. O presente é a medida do novo e trazer Eco para o presente é fazê-lo mais velho, embora ainda pareça novo.

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Com seu egoismo implacável, Narciso pensa só em sí próprio e Eco só pensa em Narciso, então sua autoestima permanece frágil até a morte. Ele não se identifica com os outros e assim transforma as vozes na sua propria voz; ela não tem voz própria, está condenada à repetição da imitação. Enquanto ela agarra-se ao objeto amado, ele mantem-se à distancia. Tirésias sabia que para sobrevivermos temos de superar o narcisismo, pois temos de aceitar que somos transitórios e mortais, e só assim seremos capazes de nos transformar, nossa auto estima estará segura e teremos a beleza interior.

Quando Narciso vê o próprio reflexo, nos remete a "reflectere", de "re" novamente e "flectere" curvar-se, ou seja, um retorno que se faz curvando para o passado. Reflexão não é apenas um ato de pensar, mas é uma atitude de deter-se para procurar lembrar-se de algo que já foi visto antes e confrontar com o presente. Reflexos e sombras nos espelham de alguma maneira. Alguns povos ainda hoje não admitem que sua imagem seja refletida em água, espelho e fotografia; diz-se que a alma poderia ficar retida no reflexo permanecendo disponível às forças do mal.

A sombra representa o que não conhecemos de nós mesmos mas que podemos ainda conhecer, tal como as nossas potencialidades que ainda não desenvolvemos. Também faz parte da nossa sombra o que mais detestamos em nós mesmos, e por isso tentamos esquecer ou reprimir de alguma forma. Para negar o que não gostamos em nós mesmos, projetamos nos outros. Quando refletimos no Narciso que vive em nós, nos confrontamos com algo sombrio, o medo da sombra, do diferente, do desconhecido, do que nos incomoda e que não queremos ver no outro.

Nos sentimos mais confortáveis quando somos admirados e reconhecidos, e precisamos disso para saber o nosso valor, de que somos importantes para alguém. Assim continuamos procurando e nos apaixonando por nossos reflexos, por nossos semelhantes e iguais, enquanto tentamos afastar todos aqueles que que não tem a nossa cor, os nossos costumes, nossa raça, nosso nivel cultural ou poder economico, e convicções politicas e religiosas. E enquanto vamos em busca dos nossos reflexos, ampliamos mais nossa sombra, entorpecemos nossos sentidos.

Para evoluir temos de refletir, aprendendo a lidar com as diferenças e conflitos. Como num espelho, ao interargimos com o outro nos colocamos no lugar dele, sem perder nossa referencia. E o que mais nos fascina é a nossa imagem irreal, aquela que fazemos de nós mesmos. A pessoa fascinada parece estar em transe; o narcisista quer congelar a juventude e exorcizar a velhice. Idolatra o prazer e vive no espirito do encanto e da sedução.

O mito de Narciso pode servir de metáfora para muitos de nós, quando não conseguimos nos olhar com imparcialidade, e o nosso trabalho interior se torna um meio de projetar a vaidade humana na cantiga do eu sozinho: eu faço, eu sou, eu quero, eu posso. Narciso morreu embriagado pela propria beleza e encantamento, e os deuses o transformaram numa flor. A lição do mito é que o conhecimento só vinga se houver autoconhecimento, de potencialidades ou limitações, compartilhando o que sabe, eliminando vaidades que impede de aproveitar talentos e somá-los ao conhecimento dos demais. E assim escrever uma história de vida que reflita valores éticos, morais espirituais.

O conhecimento mal direcionado só alimenta o individualismo e a necessidade da ribalta. Quando nos deixamos levar pela excessiva vaidade e orgulho, tornamo-nos refens de nossa auto imagem. Magnetizado por ela, passamos a usar nossa luz de forma mesquinha e presos nessa miragem, perdemos a capacidade de irradiar nossa luz, afastando-nos da essencia, entusiasmamos pelo palco, pelo aplauso e pelo falso elogio. Somente a dura lição de cronos, o tempo, mostra-nos a verdade, muitas vezes, tardiamente.

Se Narciso se encontra com outro Narciso e um deles finge que ao outro admira, para sentir-se admirado, o outro pela mesma razão finge também e ambos acreditam na mentira. Para Narciso o olhar do outro, a voz do outro, o corpo é sempre o espelho em que ele a própria imagem mira. E se o outro é como ele outro Narciso, é espelho contra espelho: o olhar que mira reflete o que o admira num jogo multiplicado em que a mentira de Narciso a Narciso inventa o paraíso.

E se amam mentindo no fingimento que é necessidade e assim mais verdadeiro que a verdade. Mas exige o amor fingido, ser sincero o amor que como ele é fingimento. E fingem mais os dois com o mesmo esmero com mais e mais cuidado - e a mentira se torna desespero. Assim amam-se agora se odiando. O espelho embaçado, já que Narciso em Narciso não se mira: se torturam, se ferem, não se largam, que o inferno de Narciso, é ver que o admiravam de mentira...

FONTE: ESTUDO DA MITOLOGIA GREGA

Deméter

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A Deusa Deméter ou Ceres, soberana da natureza e protetora das criaturas jovens e indefesas, era a responsável pelo amadurecimento anual do grão e ao final do verão todos lhe agradeciam pela fatura. Ela regia os ciclos da natureza e de todas as coisas vivas, usando suas múltiplas cores. Presidia a gestação, o nascimento e abençoava os ritos do matrimônio como perpetuação da natureza. Deméter é a deusa matriarcal, que ensinou aos homens as artes de arar, plantar e colher, e ensinou às mulheres a arte de fazer o pão.

Deméter vivia em harmonia com sua filha Perséfone, que gostava de passear pelos campos. Mas um dia Perséfone saiu e não retornou. Depois de muitos anos de busca, Deméter descobriu que Hades, o senhor das trevas, havia raptado sua filha e a tinha levado ao mundo subterrãneo. Enfurecida Deméter ordenou que a terra secasse e recusou a devolver a abundância.

Embora sua filha Perséfone tenha se tornado a rainha das trevas e era bem tratada por Hades, Deméter não se conformava e queria a filha de volta. Hermes, o mensageiro dos deuses, foi incumbido de intervir para resolver a questão e fizeram um acordo. Durante nove meses do ano Perséfone viveria com sua mãe mas durante três meses deveria retornar para o marido.

Embora mantivesse o acordo, Deméter nunca se conformou. Em todos os anos, durante a ausência da filha, Deméter chorava e se lamentava; a terra se tornava fria, as folhas caiam e nada produzia, dando origem ao inverno. Mas logo quando a filha retornava, Demeter fazia florescer as flores, iniciando a primavera.

Deméter reflete a experiência da maternidade que não está restrita à gestação, nascimento e aleitamento mas também à descoberta do corpo como algo precioso e que merece cuidados e atenção. É a conscientização de sermos parte da natureza, de estarmos ligados à vida natural e apreciar os prazeres da vida diária. Se não temos Deméter dentro de nós não podemos gerar, dar frutos, pois esse é o aspecto que nos faz ter paciência para esperar que as coisas amadureçam e assim podemos agir. É saber respeitar os limites da realidade.

Deméter é sábia e sua sabedoria vem da natureza que se movimenta em ciclos e sabe que deve esperar pois tudo amadurece na hora certa. No entanto, Deméter mostra seu lado sombrio, apático e enlutada que não consegue abrir mão do que julga possuir e se rebela contra qualquer invasão ao seu mundo harmônico. Então quando ocorre alguma intromissão, ela se torna rancorosa e magoada, mesmo sabendo que a vida é cheia de separações e mudanças.

FONTE: LENDAS DA MITOLOGIA GREGA

Hécate, a deusa dos caminhos

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HÉCATE NA BRUXARIA TRADICIONAL

Hécate, a misteriosa Deusa das Trevas e protetora de todos os Bruxos, é a personificação da lua e do lado escuro do princípio feminino. Seu nome é grego e significa "aquela que tem êxito de longe", o que a liga a Diana (Artemis), a virgem caçadora da lua.

Hécate era uma divindade nocturna, da vida e da morte. Era chamada de “A Mais Amável”, “Rainha do Mundo dos Espíritos”, “Deusa da Bruxaria”.
Era a mais antiga forma grega da Deusa Tríplice, que controlava o Paraíso, o Submundo e a Terra.

É uma Deusa tricéfala grega, Deusa da Lua Minguante, guardiã das encruzilhadas, senhora dos mortos e rainha da noite. Ela era homenageada com procissões em que se carregavam tochas e oferendas para as conhecidas "ceias de Hécate".
É conhecida como uma Deusa "escura" por seu poder de afastar os espíritos maléficos, encaminhar as almas e usar sua magia para a regeneração. Invocava-se a sua ajuda em seu dia (13 de Agosto) para afastar as tempestades que poderiam prejudicar as colheitas.

Especialmente para os trácios, Hécate era a Deusa da Lua, das horas de escuridão e do submundo. Parteiras eram ligadas a ela. Era conhecida entre as Amazonas como a Deusa da Lua Nova, uma das três faces da Lua e regente do Submundo.
A lenda não é clara quanto à sua origem. Alguns mitos dizem que Hécate era filha dos titãs Tártaros e Noite; outras versões dizem ser de Perseus e Astéria (Noite-Estrelada), ou de Zeus e Hera. Sabemos que seu culto não se originou na Grécia. Lendas de Hécate eram contadas por todo o Mediterrâneo.

No início, Hécate não era uma Deusa ruim. Após a queda do matriarcado, os gregos a cultuavam como uma das rainhas do Submundo e governante da encruzilhada de três caminhos.

Um de seus animais sagrados era a rã, um símbolo da concepção. Era chamada de A Deusa das Transformações, pois regia várias passagens da vida, e podia alterar formas e idades. Outro animal sagrado era o cão.

Hécate era considerada como o terceiro aspecto da Lua, a Megera ou a Anciã (Portadora da Sabedoria). Os gregos chamavam-na de A Megera dos Mortos. Aliada de Zeus, ela era acompanhada por uma matilha de lobos.

Como aspecto da deusa Amazona, a carruagem de Hécate era puxada por dragões. Outros de seus símbolos eram a chave e o caldeirão. As mulheres que a cultuavam normalmente tingiam as palmas de suas mãos e as solas dos pés com hena. Seus festivais aconteciam durante a noite, à luz de tochas. Anualmente, na ilha de Aegina no golfo Sarônico, acontecia um misterioso festival em sua honra.

Essa era uma Deusa caçadora que sabia de seu papel no reino dos espíritos; todas as forças secretas da Natureza estavam sob o seu controle. Os gregos e trácios diziam que ela controlava o nascimento, a vida e a morte.

Hécate era considerada a patrona das sacerdotisas, Deusa das feiticeiras. Estava associada à cura, profecias, visões, magia, Lua Minguante, encantamentos, vingança, livrar-se do mal, riqueza, vitória, sabedoria, transformação, purificação, escolhas, renovação e regeneração.

Como Senhora da Caçada Selvagem e da feitiçaria, Hécate era a princípio uma divindade das mulheres, tanto para cultuar como para pedir auxílio, e também para temer caso alguém não estivesse com sua vida espiritual em ordem.

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HÉCATE NA MITOLOGIA GREGA

Hécate, também chamada de Perséia, era filha dos titãs Astéria - a noite estrelada e Perses - o deus da luxúria e da destruição, mas foi criada por Perséfone - a rainha dos infernos, onde ela vivia. Antes Hécate morava no Olimpo, mas despertou a ira de sua mãe quando roubou-lhe um pote de carmim. Ela fugiu para a terra e tornando-se impura foi levada às trevas para ser purificada. Vivendo no Hades, ela passou a presidir as cerimônias e rituais de purificação e expiação. Hécate em grego significa "a distante".

Tinha características diferentes dos outros deuses mas Zeus atribuiu-lhe prestígio. Após a vitória dos deuses olímpicos contra os titãs, a titânomaquia, Zeus, Poseidon e Hades partilharam entre sí o universo. A Zeus coube o céu e a terra, a Poseidon coube os oceanos e Hades recebeu o mundo das trevas e dos mortos. Hécate manteve os seus domínios sobre a terra, os céus, os mares e sobre o submundo, continuando a ser honrada pelos deuses que a respeitavam e mantiveram seu poder sobre o mundo e o submundo.

Ela é representada ora com três corpos ora com um corpo e três cabeças, levando sobre a testa uma tiara com a crescente lunar, uma ou duas tochas nas mãos e serpentes enroladas em seu pescoço. Suas três faces simbolizam a virgem, a mãe e a velha senhora. Tendo o poder de olhar para três direções ao mesmo tempo, ela podia ver o destino, o passado que interferia no presente e que poderia prejudicar o futuro. As três faces passaram a simbolizar seu poder sobre o mundo subterrâneo, ajudando à deusa Perséfone a julgar os mortos.

Para os romanos era considerada Trívia - a deusa das encruzilhadas. Associada ao cipreste, Hécate se fazia acompanhar de seus cães, lobos e ovelhas negras. Por sua relação com os encantamentos, feitiços e a obscuridade, os magos e bruxas da antiga Grécia lhe faziam oferendas com cães e cordeiros negros no final de cada lua nova. Também combateu Hércules quando ele tentou enfrentar Cérbero, o cão guardião do inferno com três cabeças que sempre lhe acompanhava.

O tríplice poder de Hécate se estendia do inferno, à terra e ao mar. Ela rondava a terra nas noites da lua nova e no mar tinha seus casos de amor. Considerada uma divindade tripla: lunar, infernal e marinha, os marinheiros consideravam-na sua deusa titular e pediam-lhe que lhes assegurasse boas travessias. O próprio Zeus lhe deu o poder de conceder ou negar qualquer desejo aos mortais e aos imortais. Foi Hécate quem ajudou Deméter quando ela peregrinou pelo mundo em busca de sua filha Perséfone.

Quando Perséfone, a amada filha de Deméter foi raptada por Hades - o senhor do submundo - quando colhia flores, sua mãe perambulou em desespero por toda a Terra. Senhora dos cereais e alimento, a grande mãe Deméter mortificada pela tristeza, privou todos os seres de alimento. Nada nascia na terra e Hécate, sendo sábia e observando o que acontecia, contou a Deméter o que havia sucedido a Perséfone.

Zeus decidiu interferir e ordenou que Perséfone regressasse para junto de sua mãe, desde que não tivesse ingerido nenhum alimento nos infernos. Porém, antes de retornar, Perséfone comeu algumas sementes de romã, o fruto associado às travessias do espírito. Assim ele podia passar duas partes do ano na superficie junto da Mãe, era quando a terra florescia. Mas Perséfone devia retornar para junto de Hades uma parte, era quando a terra cessava de florescer.

Hécate espalhava sua benevolência para os homens, concedendo graças a quem as pedia. Dava prosperidade material, o dom da eloquência na política, a vitória nas batalhas e nos jogos. Proporcionava peixe abundante aos pescadores e fazia prosperar ou definhar o gado. Seus privilégios se estendiam a todos os campos e era invocada como a deusa que nutria a juventude, protetora das crianças, enfermeira e curandeira de jovens e mulheres.

Acreditava-se que ela aparecia nas noites de Lua Nova com sua horrível matilha diante dos viajantes que cruzavam as estradas. Ela era considerada a deusa da magia e da noite em suas vertentes mais terríveis e obscuras. Com seu poder de encantamento, também enviava os terrores noturnos e espectros para atormentar os mortais. Frequentava as encruzilhadas, os cemitérios e locais de crimes e orgias, tornando-se assim a senhora dos ritos e da magia negra. Senhora dos portões entre o mundo dos vivos e o mundo subterrâneo das sombras, Hécate é a condutora de almas e as Lâmpades, ninfas do Subterrâneo, são suas companheiras.

Com Eetes, Hécate gerou a feiticeira Circe - a Deusa da noite que se tornou uma famosa feiticeira com imenso poder da alquimía. Segundo a lenda, a filha de Hécate elaborava venenos, poções mágicas e podia transformar os homens em animais. Vivendo em um palácio cheio de artifícios na Ilha Ea ou Eana, no litoral da Italia, Circe se tornou a deusa da Lua Nova ou Lua Negra, sendo relacionada à morte horrenda, à feitiçaria, maldições, vinganças, sonhos precognitivos, magia negra e aos encantamentos que ela preparava em seus grandes caldeirões.

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NOTA

Descendente dos Titãs, Hécate não tem um mito próprio e foi uma das divindades mais ignoradas da mitologia grega, mencionada apenas em outros mitos, tal como o mito de Perséfone e Deméter. Hécate é Deusa dos caminhos e seu poder de olhar para três direções ao mesmo tempo sugere que algo no passado pode interferir no presente e prejudicar planos futuros.

A Deusa grega nos lembra da importância da mudança, ajudando-nos a libertar do passado, especialmente do que atrapalha nosso crescimento e evolução, para aceitar as mudanças e transições. Às vezes ela nos pede para deixar o que é familiar e seguro para viajarmos para os lugares assustadores da alma. Novos começos, seja espiritual ou mundano, nem sempre são fáceis mas Hécate está lá para apoiar e mostrar o caminho.

Ela empresta sua clarividência para vermos o que está profundamente esquecido ou até mesmo escondido de nós mesmos, ajudando a encontrarmos e escolhermos um caminho na vida. Com suas tochas, ela nos guia e pode nos levar a ver as coisas de forma diferente, inclusive vermos a nós mesmos, ajudando-nos a encontrar uma maior compreensão de nós mesmos e dos outros.

Hécate nos ensina a sermos justos e tolerantes com aqueles que são diferentes e com aqueles que tem menos sorte, mas ela não é demasiadamente vulnerável, pois Hecate dispensa justiça cega e de forma igual. Apesar de seu nome significar "a distante", Hécate está presente nos momentos de necessidade. Quando liberamos o passado e o que nos é familiar, Hécate nos ajuda a encontrar um novo caminho através de novos começos, apesar da confusão das ideias, da flutuação dos nossos humores e às incertezas quando enfrentamos as inevitáveis mudanças de vida.

A poderosa deusa possuia todos aspectos e qualidades femininos, tendo sob seu controle as forças secretas da natureza. Considerada a patrona das sacerdotisas, deusa das feiticeiras e senhora das encruzilhadas, Hécate transita pelos três reinos, a todos conhece mas nenhum domina. Os três reinos são posses de figuras masculinas, mas ela está além da posse ou do ego, ela é a sábia, a anciã. A senhora do visível e do invisível, aguarda na encruzilhada e observa: o passado, o presente e o futuro. Ela não se precipita, aguarda o tempo que for preciso até uma direção ser tomada. Ela não escolhe a direção, nós escolhemos. Ela oferece apenas a sua sabedoria e profunda visão, acima das ilusões.

Os gregos sempre viam Hécate como uma jovem donzela. Acompanhada frequentemente em suas viagens por uma coruja, símbolo da sabedoria, a ela se atribuia a invenção da magia e da feitiçaria, tendo sido incorporada à família das deusas feiticeiras. Dizia-se que Medéia seria a sacerdotisa de Hécate. Ela praticava a bruxaria para manipular com destreza ervas mágicas, venenos e ainda para poder deter o curso dos rios e comprovar as trajetórias da lua e das estrelas.

Como deusa dos encantamentos, acreditava-se que Hécate vagava à noite pela Terra, sempre acompanhada por seu espíritos e fantasmas. Suas lendas contam que ela passava pela Terra ao pôr do Sol, para recolher os mortos daquele dia. Como feiticeira, não podia ser vista e sua presença era anunciada apenas pelos latidos dos cães. Na verdade, as imagens horrendas e chocantes são projeções dos medos inconscientes masculinos perante os poderes da deusa, protetora da independência feminina, defensora contra a violência e opressão das mulheres, regente dos seus rituais de proteção, transformação e afirmação.

Em função dessas memórias de repressão e dos medos impregnados no inconsciente coletivo, o contato com a deusa escura pode ser atemorizador por acessar a programação negativa que associa escuridão com mal, perigo, morte. Para resgatar as qualidades regeneradoras, fortalecedoras e curadoras de Hécate precisamos reconhecer que as imagens distorcidas não são reais nem verdadeiras. Elas foram incutidas pela proibição de mergulhar no nosso inconsciente, descobrir e usar nosso verdadeiro poder.

Para receber seus dons visionários, criativos ou proféticos, precisamos mergulhar nas profundezas do nosso mundo interior, encarar o reflexo da deusa escura dentro de nós, honrando seu poder e lhe entregando a guarda do nosso inconsciente. Ao reconhecermos e integrarmos sua presença em nós, ela irá nos guiar. Porém, devemos sacrificar ou deixar morrer o velho, encarar e superar medos e limitações. Somente assim poderemos flutuar sobre as escuras e revoltas águas dos nossos conflitos e lembranças dolorosas e emergir para o novo.

A conexão com Hécate representa um valioso meio para acessar a intuição e o conhecimento, aceitar a passagem inexorável do tempo e transmutar nossos medos perante o envelhecimento e a morte. Hécate nos ensina que o caminho que leva à visão sagrada e que inspira a renovação passa pela escuridão, o desapego e transmutação. Ela detém a chave que abre a porta dos mistérios e do lado oculto da psique. Sua tocha ilumina tanto as riquezas, quanto os terrores do inconsciente, que precisam ser reconhecidos e transmutados. Ela nos conduz pela escuridão e nos revela o caminho da renovação.

As Moiras teciam, mediam e cortavam o fio da vida dos mortais, mas Hécate podia intervir nos fios do destino. Muitas vezes foi representada com uma foice ou punhal para cortar as ligações com o mundo dos vivos. O cipreste está associado à imortalidade, intemporalidade e eterna juventude. Sendo a morte encarada como passagem transformadora e não o fim assustador e definitivo, essa significação tem origem na própria terra que dá vida, dá a morte e transforma os frutos em novas sementes que irão renascer.

Selma - 3fasesdalua


SOU BRUXA, SACERDOTISA E POR QUE NÃO CURANDEIRA, SOU DA BRUXARIA TRADICIONAL.

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No passado, quando todos os bebês nasciam em casa com a ajuda de uma parteira, muitas dessas mulheres tinham a habilidade para ler sinais e presságios, enquanto ajudavam os bebês, essas Bruxas sempre foram vistas como curandeiras do povo, sempre beneficiando as comunidades em que viviam. Eram as parteiras, as curandeiras, enfim, as médicas dos vilarejos, onde seus moradores confiavam e acreditavam.

A Bruxaria Tradicional, conhecida também como a Velha Religião, descendeu da utilização da natureza como sobrevivência, isso equivale ao início dos tempos. Mas, mesmo com os preconceitos da igreja e as modernizações, os conceitos sobreviveram e atraem pessoas do mundo inteiro, hoje, onde não se aguenta mais viver de tecnologia somente.

Bruxaria Tradicional nada mais é, do que usar a natureza com respeito, seguir os costumes dos seus antepassados e amar seu semelhante…Todas nós temos conhecimento de que durante a idade média, mulheres que faziam ungentos e simpatias, chamadas de feiticeiras ou curandeiras ou até mesmo Bruxas foram perseguidas pela Igreja Católica. Entretanto, acusá-las de fazer curativos e bebidas com ervas não seria plausível. Essas mulheres foram consideradas maléficas, sendo relacionadas com o diabo e com todas as pragas existentes na região. A Inquisição perseguiu milhares de mulheres consideradas Bruxas, pela Europa. Todos entregavam seus vizinhos e parentes quando, na maior parte das vezes, estes não tinham provas concretas ou as mulheres nem ao menos pagas ou curandeiras eram. O episódio de perseguição às Bruxas mais marcante foi o da cidade americana de Salém.



Como disse Clarissa Pinkola, toda mulher parece com uma árvore. Nas camadas mais profundas de sua alma ela abriga raízes vitais que puxam a energia das profundezas para cima, para nutrir suas folhas, flores e frutos. Ninguém compreende de onde uma mulher retira tanta força, tanta esperança, tanta vida. Mesmo quando são cortadas, tolhidas, retalhadas, de suas raízes ainda nascem brotos que vão trazer tudo de volta à vida outra vez.

Não existe nenhuma coisa na natureza, criada ou dada à luz, que não revele exteriormente a sua forma interior, porque tudo o que é íntimo tende sempre a manifestar-se dentro de nós, por isso entendem as mulheres de plantas que curam, dos ciclos da lua, das estações que vão e vem ao longo da roda do sol pelo céu. Elas tem um pacto com essa fonte sábia e misteriosa que é a natureza,. Prova disso é que sempre se encontra mulheres nos bancos das salas de aula, prontas para aprender, para recomeçar, para ampliar sua visão interior. Elas não param de voltar a crescer…

Minha mãe dizia que as árvores são passagens para os mundos místicos, e que suas raízes são como antenas que dão acesso aos mundos subterrâneos. Por isso ela mantinha em nossa casa algumas árvores que tinham tratamento especial e era vista como fonte de cura, de força e energia.

As Bruxas Tradicionais encaram a vida como atravessar uma ponte. Nem sempre as pessoas com quem iniciamos a travessia são as mesmas que nos cercam agora ou com quem chegaremos do outro lado, por este motivo nós Bruxas somos criaturas humana, encarnada. Que ri, que chora, que sangra... e tem que saber viver no mundo como ser humano responsável, para poder ser Bruxa responsável. Há que aprender a respeitar os anciãos que têm muito a ensinar, como: a semear, a colher, a ouvir o próprio interior, a conhecer e acima de tudo, observar que a Terra (Gaia ou Pacha Mama) é nosso Lar, mas não é apenas nosso, é de todo ser vivo que tem direito à vida tanto quanto nós. Bruxa é criatura humana, encarnada. Que ri, que chora, que sangra... e tem que saber viver no mundo como ser humano responsável, para poder ser Bruxa responsável. Há que aprender a respeitar os anciãos que têm muito a ensinar, como: a semear, a colher, a ouvir o próprio interior, a conhecer e acima de tudo, observar que a Terra (Gaia ou Pacha Mama) é nosso Lar, mas não é apenas nosso, é de todo ser vivo que tem direito à vida tanto quanto nós.



As “curadoras’ afirmam que podemos atrair seres encantados para nossos jardins! Como? Plantando flores e plantas que atraiam abelhas e borboletas, gaiolas abertas para passarinhos e bebedouros para beija-flores.

Algumas plantas ‘convidam’ lindas borboletas para seu jardim, como milefólio, lavanda, hortelã silvestre, alecrim, tomilho, verbena, petúnia e outras. Deixe em seu jardim uma área levemente selvagem, sem grama, os seres elementais gostam disso. Convide fadas e elfos para viverem lá.

Como Eu sempre falo as Bruxas são pessoas mas do que especial, são pessoas que tem um coração grande, que fala com plantas, que corre com os bichos, que sabe que sua melhor amiga é a lua, dança com os ventos e se banha com a chuva.

A magia das Bruxas é coisa tão natural quanto o ar que se respira, e o universo inteiro, dentro e fora de nós, faz vibrar constantemente o seu misterioso poder mágico. A natureza é mágica, e a mulher e o homem, seres que sintetizam todo o microcosmo natural, são também reservatórios do poder mágico.

SOU BRUXA, SACERDOTISA E POR QUE NÃO CURANDEIRA, SOU DA BRUXARIA TRADICIONAL.



Selma – 3fasesdalua


BRUXARIA TRADICIONAL É ÚNICA ELA É RAIZ

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Nada tenho contra o Cristo, apenas contra os seus sacerdotes, que chamam a Grande Deusa de demônio e negam o seu poder no mundo. - Marion Zimmer 



Hoje em dia no mundo pagão existe uma verdadeira guerra de ignorância com muitas pessoas que sabem muito pouco e adoram falar desse pouco que sabem.

A Bruxaria Tradicional é uma Religião muito antiga, não sendo ligado a nenhum tipo de outras religiões de forma geral. A Bruxaria é Hereditária e não conhece nenhuma autoridade religiosa além da sua Sacerdotisa e do seu clã (se possuir algum).

A Bruxaria Tradicional vivia no campo, na cozinha, nos segredos que estavam nas sombras e que povoava o imaginário popular como algo pernicioso. No Império Romano (cristão), não foi diferente, pagãos foram convertidos ao cristianismo e a Bruxaria permaneceu clandestina - e sobreviveu de forma clandestina, mas, contudo o povo Pagão sempre permaneceu fiel deixando que a Deusa renasça, se expresse em nossas intenções, vontades e desejos, para que possamos extrair do nosso corpo os movimentos sagrados de sua dança e deixar que embale nossos sonhos, pois assim entendemos que nenhum conhecimento pode ser declarado conhecimento se não houver ação.

Temos que sempre nos questionar antes de darmos um conselho, pois quando aconselhamos alguém com o nosso ponto de vista na intenção de dizer o que você faria em vez de entender o que o outro deveria fazer do ponto de vista dele, cometemos um dos maiores erros contra a vontade humana.

A Bruxa opera com os poderes da terra e das estrelas, dos mortos da terra e seus ancestrais. Podemos dizer num nível mais metafísico que a Bruxaria é o Dom ou Poder inato em certos indivíduos, que os capacita a interagir dentro dos "outros mundos" e seres que lá habitam. E, mais, digo que Bruxaria e Feitiçaria são sinônimos, pois a Arte primordial da Bruxa, independente de seus cultos particulares, é e sempre foi a Arte de fazer feitiços, ou bruxedos.

Usar Magia ou Bruxaria é simplesmente direcionar sua vontade para uma religião da natureza. Digo religião por ser uma crença ou fé em algo que irá desejar, e da natureza porque sou instintivo e natural à energia que é utilizada, por isto Eu sempre falo que se engana aquele que acha que tudo é simples. Na realidade a simplicidade das coisas está na complexidade do que é, pois somente com predisposição de aprender e humildade poderá, então, seguir adiante caminhando pela Senda Mística.



É importante não tentar entender ou julgar os outros pelo seu ponto de vista, pois aquele que caminha sob a Senda Mística pode ser acusado de fugir ao problema no que se refere à verdade, ainda que não descubra a “verdade em si”, irá descobrir que tudo possui uma questão cultural, uma falsa consciência e muitas circunstâncias desconhecidas, relevantes para sua descoberta.

Na Bruxaria Tradicional não traçamos círculos em todos os rituais, o ambiente dentro de casa é tido como sagrado e puro, bem como toda a Terra é, considerando que a família sabe cuidar do lar melhor do que ninguém, o Lar se torna nosso Templo. A Terra é sagrada para nós, assim como nossa casa, pois ela é nosso habitat, e uma vez que somos íntimos dos espíritos e da própria natureza, nos sentimos parte do todo sagrado que habita nossa morada. O círculo ou muralha servem para conter a energia em ritos grandes e pesados.

Trocando em miúdos, a Bruxaria Tradicional são tradições hereditárias, passadas de geração para geração, não sendo apenas familiar, mas, também iniciática.

As Bruxas Tradicionais acreditam que a Bruxaria não é um caminho de todos e que deve ser tomado com seriedade e lógica, coisa que muitos grupos não parecem ter de fato. “Não que alguém seja melhor ou pior por isso, mas simplesmente não é um caminho de todos. É estupidez achar que todo mundo vai se dar bem ou se encaixar em algo. Pintura é para todos? Política? Sociologia? Medicina? Cristianismo? Budismo? Por que Bruxaria Tradicional seria?”



A Bruxaria Tradicional NUNCA morreu, pois ela se refere às crenças e práticas de famílias e organizações secretas da Arte que antecedem o século vinte. Normalmente, apesar de a doutrina e as práticas da Bruxaria Tradicional ter raízes em tempos muito antigos, o tempo mais longínquo que a maior parte das organizações tradicionais podem se datar com alguma exatidão é o século 17. Entretanto, o folclore e a história do século 11 em diante testemunham práticas similares àquelas transmitidas hoje pelas Bruxas Tradicionais.

Como diz o ditado: "Parece que a gratidão se auto justifica, tanto, que nem precisa de reconhecimento, mas a ingratidão bate tão forte que é preciso gritar nas orelhas de todos para que reconheçam".

Nascer Bruxa é reconhecer-se Bruxa desde cedo e deixar seu dom fluir, pois sabemos que algumas pessoas se aproveitam das buscas incessantes das pessoas porque as pessoas não cessam sua busca, sua fome de conhecimento. Contudo, a maioria delas busca nos "galhos" (ou quebra-galhos), o que já temos nas raízes.



Selma – 3fasesdalua



IRMÃS E IRMÃOS DE ALMA E CORAÇÃO

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A inteligência e a sabedoria são irmãs muito amigas, mas não gêmeas. Uma ajuda a outra. Enquanto a inteligência provê à sabedoria conhecimento prático para entender o significado das coisas, a sabedoria devolve à inteligência a sensibilidade para entender as coisas com o coração.
Helena Bresolin



A vida é assim quando menos esperamos ela nos reserva cada surpresa... E não poderia ser diferente comigo, pois sempre nos meus ensinamentos aprendi que nem sempre o sangue fala mais alto, às vezes quase sempre me perguntei por que sou filha única e agora sei que a minha Deusa e o meu Deus não fez única ele simplesmente espalhou as minhas irmãs e irmãos de alma e coração.

Dentro da pouca sabedoria que tenho entendi que Amigas e Amigos são para sempre, mesmo que o para sempre não exista! Pois o destino nos fez amiga (os), mas o coração nos tornou irmãs e irmãos, pois sei que uma amiga (o) é fruto de uma escolha.
É uma opção de amor, É a descoberta da alma irmã.
É a consciência clara e permanente de algo sublime que não está na natureza das coisas perecíveis.


É um tesouro sem preço, um gostar sem distância, de alguém presente em nosso caminho, nas horas de dúvida, de alegria, demais para ser perdido, importante para ser esquecido, pois entre as minhas Irmãs (os) de Alma e coração não existe distância. Pode não haver toque físico, mas tocamos á alma um do outro.


Eu sei que com o tempo esquecemos muitas coisas, mas, jamais quero esquecer o amor que recebi da vida, e abraços que me fizeram forte me deram suporte para
enfrentar a dor. O carinho, recebido quando precisava para acalmar a alma e pensar com calma.

Amiga... Pessoas que reflete nossa alma, que ilumina o nosso coração, que sempre tem uma palavra amiga que me fez entender mais da vida para me sentir acolhida.
O olhar que me sorria me deixou feliz mesmo quando não percebia.

A raiva, o ódio e a inveja são doenças que podem matar...
Matam tudo de bom ao redor, por isto sempre falo e acredito que o melhor caminho é seguir a sua intuição, por isto Eu escolhi todas as minhas irmãs e irmãos de alma e coração.

Nesta minha vida de alguns anos também a vida me ensinou que o que temos de mais precioso é nossa essência, pois nela está contida nossa personalidade, nosso jeito de amar, viver e acarinhar pessoas que ainda não aprenderam amar.
E que precisamos nos afastar de pessoas vazias, que são incapazes de reconhecer
de demonstrar paz, amor e gratidão, pois é apenas esses sentimentos que tocam a alma e nos dão a capacidade de demonstrar quem tem bom coração.

Agradeço todos os dias a minha Deusa e o meu Deus por ter me dado tantas irmãs e irmãos que se tornaram de Alma e de Coração.


Selma = 3fasesdalua


SER SACERDOTISA E BRUXA DA BRUXARIA TRADICIONAL É ASSIM.

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"Tudo que você semeia, cedo ou tarde terá que colher... a vida é plantio. Escolha as sementes com sabedoria." 
Renata Fagundes


Acreditava-se antigamente que existiam os destinos; O passado era uma senhora idosa. O presente uma bela donzela e o futuro uma criança e ambas teciam os destinos. Todos passavam pelas mãos delas e quando alguém modificava seu destino, um fio dele era cortado e começava-se criar um novo. Esse novo era unido ao outros. Acreditava-se também que cada fio brilhava como se fossem fios de ouro, pois cada vida era preciosa e cada escolha também.

Eu Selma sou uma Sacerdotisa e nunca vou deixar de ser chamada de Bruxa da Bruxaria Tradicional, Eu sou a filha da lua, as lembranças de estrelas esquecidas. Eu caminho sobre esta terra, vestida de carne e sangue, envolto em desejos matérias e intuições sábias. 

Na Bruxaria Tradicional Eu aprendi a andar no meio do fogo e da água, a terra e o céu. 

A névoa me revela infinitos caminhos para Eu seguir a minha jornada, pois ela, é uma dança ao silêncio de música das estações.

A verdadeira Bruxa quando observa o pôr do sol, fecha os olhos e sente a alma expandir, ela sente que é tudo, que entende tudo e consegue traduzir o canto dos Mistérios universal, esse misterioso chamado que nos proporciona tão grande bem estar e plenitude de ser.

Quando as Sacerdotisas e as Bruxas vê a lua, sente que entre elas existe uma ligação muito íntima, pois ambas possuem ciclos, fases, ser uma Sacerdotisa ou Bruxa também é isso, é identificar as analogias entre a natureza e o "Eu" e ver que o que está em cima, é o que está embaixo.

As Sacerdotisas e Bruxas possui a sabedoria conseguida através da maturidade e das muitas experiências, sem com tudo perder o coração doce da criança que descobre o mundo.


As vezes muitas pessoas me pergunta quando me tornei Bruxa, não me tornei Eu nasci Bruxa, todas as mulheres da minha família são e foram Sacerdotisas e Bruxas da Bruxaria Tradicional.

Eu nasci com este dom nunca fiz nada para ser assim. Consigo sempre ver nas coisas e nas pessoas algo mais do que coisas e do que pessoas. É fácil para Eu responder-lhes e brincar com as suas energias, pois de minhas mãos brotam a Arte em todos os sentidos.


Nós temos amor por tudo que fazemos, temos o toque delicado que acaricia as flores, que tenta tocar as estrelas, que tenta tocar o infinito. Todas sabemos que a natureza é uma Mãe sábia, ela nos dá, mas também tira, e que devemos ser sagazes, fortes, e que um dia, todos, sem exceção, voltaremos para ela, para o grande Útero Universal.

Na Bruxaria Tradicional aprendemos que a magia é a capacidade que o ser humano tem de ver na natureza algo novo, um encontro com a natureza. Então toda vez que você olha para a natureza e a vê de uma maneira nova, reformulada, isso é magia.

Na Bruxaria Tradicional entendemos desde, pequenas que ser Sacerdotisa e Bruxa é ser livre. Mas que essa liberdade não seja confundida com libertinagem. 

Liberdade é ser livre para acreditar no que você quiser, sem a necessidade de obedecer a dogmas, coisas impostas mas é importante ter alguns pilares, ser uma pensadora e estar sempre procurando o melhor para a sociedade, para aqueles que estão ao seu redor.

A minha Grã Sacerdotisa Viviane em um dos seus muitos ensinamentos me falou : “Que o seu caminho minha menina Selma seja brando a teus pés, que o vento sopre leve em teus ombros. Que o sol brilhe cálido sobre tua face, que as chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja,que os Deuses te guardem nas palmas de Suas mãos”.


Entendendo tudo Isto e assim Eu vou seguindo o meu caminho a minha jornada e se por tudo isto Eu sou chamada de Bruxa então sou Bruxa. Rio-me disso, acho engraçada a maneira como me vêem. Olho-os e lá está a cor mágica que os define. 

Ninguém entende a vida que levo. Acham-me no mínimo estranha, rio-me. Sou apenas, uma mera mortal que quer ser feliz. Mas a minha felicidade vem sempre por acréscimo da felicidade que tento plantar nos outros. Vê-los sorrir é o meu alimento. Gosto de falar com as plantas e com os animais e por mais estranho que seja eles dão-me algumas das respostas que preciso para continuar a sorrir. 

Tenho também as minhas asas, que me acompanham sempre, em todas as horas da minha vida e por mais que as pessoas ignorantes que estão coberta com o preconceito teimam em falar Eu não tenho pintas e nem verrugas no rosto. O meu queixo não é pontudo como a figura dos contos de fada. Tenho uma vassoura sim, mas não voa por aí. 

Acredito na magia, rodeio-me dela e sinto ela dentro de mim. Sei que todas as minhas respostas estão no que não se explica mas que se sente. Vivo assim e gosto muito. Não penso muito sobre as coisas, pois elas acontecem e pronto. Não ambiciono ser famosa ou rica ou mesmo poderosa. Quero continuar a viver desta calma, desta paz interior que me faz olhar sempre em frente e continuar a ser o que sou.

Todas as Bruxas, Sacerdotisas e Grã Sacerdotisa Tradicionais sabe que acima de tudo que o Bem é a aquilo que você traz no olhar, no abraço, no aperto de mão, no beijo na testa, no carinho nas costas. É aquilo que leva pra sempre tatuado na alma e faz questão de compartilhar, dar, retribuir com quem te faz bem e também com quem você, mesmo sem conhecer, quer o bem.

Me sinto honrada em pertencer a BRUXARIA TRADICIONAL e mais ainda por ser um SACERDOTISA DA BRUXARIA TRADICIONAL.

SELMA – 3FASESDALUA


COISAS DE BRUXAS DA BRUXARIA TRADICIONAL

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Conhecer a si mesmo é a tarefa mais difícil, pois incita diretamente a nossa racionalidade, mas também coloca à prova nossos medos e paixões, pois a identidade da Bruxa transcende as encarnações, pois a alma de uma Bruxa é servir de ponte para unir o passado, presente e futuro, através do instrumento maior e mais complexo da humanidade que é o AMOR.


Como praticante da Bruxaria Tradicional, entendemos que temos de parar de pensar em termos de espaço e tempo linear. Precisamos pensar em termos de ciclos ou espirais. Nós temos os ciclos vitais, os ciclos de morte e renascimento, os ciclos das estações, os ciclos da Lua, os ciclos internos do nosso corpo físico e os ciclos de energia. Nada é linear, tudo gira em círculos o que chega até nós, sai de nós e volta para nós, pois assim somos nós Bruxas Tradicionais e sabemos que a palavra Bruxa é deliciosa, impregnada de antiquíssimas memórias que remontam aos nossos mais remotos ancestrais, que viveram em estreito contato com os ciclos naturais e apreciaram o poder e a energia que compartilhamos.

As Bruxas Tradicionais transcendem a compreensão medíocre, simplória, somos treinadas para que tenhamos idealismo na alma e no coração e assim trazemos nos olhos a luz do amanhecer e a serenidade do acaso, pois é assim que mantemos os nossos dois pés no chão da realidade, mas nós Bruxas também, sofremos por nossas perdas. Mas quando uma Bruxa pede por justiça, quando uma Bruxa renasce das cinzas, até o vento da maior tempestade cessa diante dela.



Quando uma Bruxa da Velha Arte fecha os olhos, ela pode ver em todos os lugares e pode observar tudo o que está acontecendo ao seu redor ou até mais alem, pois somos mulheres de coração desarmado, sem ódio e preconceitos baratos. Somos Bruxas e por isto falamos com plantas e bichos, dançamos na chuva e nos alegramos com o sol. Cultuamos a Lua como Deusa e lhe fazemos celebrações... E por sermos o que somos as pessoas que se acham certas nos chamam de gente muito estranha mais essas pessoas sejam elas quem for não entendem como nós Bruxas falamos de amor com os olhos iluminados como par de luas cheias, que erramos e reconhecemos, caímos e nos levantamos, com a mesma energia das grandes marés, que vão e voltam em uma harmoniosa de cadência natural.

Não posso remediar erros, se é que foram erros, cometidos por homens mortos antes que eu nascesse. Já tenho muito que fazer para reparar os meus próprios erros, e não viverei o suficiente para vê-los todos reparados. Mas farei o que estiver ao meu alcance, enquanto eu viver, pois assim as minhas Ancestrais me ensinaram e como sei que Eu sou da terra, do fogo, da água e do ar. Sou de antes e de agora e vou morrer e renascer, pois é assim que vivemos.

Ser Bruxa da Bruxaria Tradicional equivale a confessar-se como habitante de um mundo cheio de mistério, encantado e mágico do universo. O passado torna-se real e não um mero relato dos livros de história e dos autos religiosos. Tornamos-nos uno. Partícula infinitamente pequena na grande engrenagem de um todo. Sentimos-nos impulsores do sistema e assim, o verdadeiro sentido de responsabilidade e comprometimento passa a ser inerente ao nosso ser e a escrever a nossa história, somente assim saberemos como compartilhar nossos dons com o mundo e entendemos a importância de reconhecer quais dons temos para compartilhar. Talvez assim as pessoas que não são Pagãs entendam de uma vez por toda que as BRUXAS não trabalham para o demônio, não estamos interessadas no Satã. Satã foi inventado pelos cristãos. Eu não sou uma cristã. Eu não vou à igreja aos domingos. Eu não temo ir para o inferno porque eu acredito no inferno tanto quanto acredito no Satã.



Eu acredito em reencarnação; que voltarei para este mundo ou outro, e viverei outra vida. Eu não sou má. Dizer às pessoas que eu sou uma "Boa Bruxa" ou perguntar-me se sou uma Boa Bruxa implica que há Más Bruxas. Há pessoas más no mundo, e há pessoas que escolhem usar as forças da natureza para fazer mal aos outros; essas pessoas não são Bruxas. A lei principal da Bruxa é "Faça o que quiseres sem a ninguém prejudicar".

Por respeitarmos, conhecermos e vivenciarmos as Tradições da nossa História e Religião aprimorou os nossos mais diversificados sentimentos em relação a todas as irmãs Bruxas e nos tornamos sensíveis aos fenômenos da natureza por vivenciarmos com a alma e o coração as nítidas transformações energéticas climáticas e geográficas, por nos sentirmos participantes inatos deste sistema sempre somos fieis aos nossos princípios por compreendermos a nossa trajetória como Bruxas, pois somos seres verdadeiramente livres por conhecermos e entendermos dentro da nossa doutrina que todos somos iguais no grande útero da Grande Mãe, que nos acolhe, assim, somos parte de todos os reinos da natureza, mineral, animal e vegetal.

Se alguém quer me perguntar algo relacionado à minha religião, pergunte-me quando a próxima lua cheia vai chegar. Pergunte-me sobre ervas. Cristais. Curas. Às vezes me pedem para fazer uma poção do amor. E eu não vou lançar um feitiço no seu "desejado" para fazer ele te amar. Acredite-me, você não quer isso. Isso é forma de manipulação, mandar em alguém, infringe na sua liberdade. Não é bom para ninguém. Magia funciona como uma co- criação. Uma bruxa funciona com energia universal, com os deuses, "inclinando" a máquina de probabilidade para algo. Não tente enfeitiçar seu chefe a dar um aumento. Simplesmente peça ao Universo que aumente “fluidos" de abundância e prosperidade em sua direção. Isso não afeta ninguém. Última coisa; dar-me um livro sobre a Inquisição é como dar um livro sobre o Holocausto a um judeu. Não é engraçado, é rude. Por favor não tente me deixar envergonhada com o que faço ou o que sou. Por favor não tente me converter ou me "salvar". Não atire água benta em mim. Não me deixe "santinhos" sobre minha mesa ou para-brisa. Eu não necessito ser salva. Nós BRUXAS somos orgulhosas do que somos e conhecemos o nosso caminho nós simplesmente somos.



Quero gritar para todos ouvir e entender que quando estudamos a nossa religião, e nos iniciamos nos caminhos da Deusa, estamos apenas olhando ao longo de uma janela que por algum tempo a mantivemos fechada e que neste momento abrimos para vislumbrarmos os panoramas externos, que os nossos olhos pararam de ver pelo simples fato da janela está fechada. 

A consciência dos Deuses em nós é "autoconsciência". O conhecimento da Deusa, em toda a sua potencialidade é autoconhecimento.

Ao encontrarmos a Deusa em nós, aprendemos a nos respeitarmos enquanto mulheres e desenvolvemos a ética, o respeito ao próximo, a civilidade, a cidadania, aprendemos o valor da palavra dada e assim estimulamos a sinceridade, a fidelidade e a generosidade em nós, e nas pessoas com quem convivemos, por entendermos nitidamente o valor dos relacionamentos entre os seres humanos.


Tudo isto é o que Eu e minhas irmãs da Bruxaria Tradicional somos simplesmente BRUXAS DA BRUXARIA TRADICIONAL.


Selma – 3fasesdalua



ASSIM SÃO AS BRUXAS DA BRUXARIA TRADICIONAL NOS DIAS DE HOJE

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Nem sempre conseguimos as respostas para as nossas perguntas então procuramos, mais de uma vez e transformamos a busca em uma tarefa a mais desta nossa louca vida.


Engana-se aquele que acha que tudo é simples. Na realidade a simplicidade das coisas está na complexidade do que é. Somente com predisposição de aprender e humildade poderá, então, seguir adiante caminhando pelo seu próprio caminho.


Às vezes não compreendemos que as respostas estão dentro de nossos corações e nos recusamos a ouvi-las e por isto Eu sempre falo que temos que procurar sempre nos conhecer, este sempre vai ser o primeiro desafio para obter a consciência de si mesmo e do que é capaz. Não podemos dizer que conhecemos tudo o que está ao nosso redor se não conhecemos a nós mesmo. Somente nos conhecendo a nossa divindade e os nossos demônios saberão o que somos capazes de fazer.


Bruxaria Tradicional é sabedoria ela acontece quando conseguimos transformar as coisas mais simples. Quando usamos os incensos e as ervas sabemos que ela serve para focar nossa energia no objetivo. Quando estamos mal e nos esforçamos para ficar bem, ou desejamos algo de uma maneira tão convicta que aquilo acontece, estamos praticando uma forma simples de magia.



O princípio da caça às Bruxas era tomar as terras das mulheres que viviam sozinhas. Elas eram independentes, conheciam o poder das ervas, por isso incomodavam e por isto se criou o estereótipo da Bruxa má que é fruto da demonização das mulheres perseguidas pela Igreja Católica. Na Europa, durante a Inquisição. Milhares de hereges foi para a fogueira 85% deles mulheres, a maioria acusada de Bruxaria. 'Na cidade de Trier, na Bavária, havia 800 mulheres. Num dia só, 798 foram queimadas.


Ser uma Bruxa da Bruxaria Tradicional significa tomar posse do próprio destino, e este é o primeiro passo para aplicar a magia no dia-a-dia.

Na Bruxaria Tradicional Eu aprendi que Eu não sou a neta das bruxas que vocês queimaram, Eu sou a reencarnação delas. Sou o seu Espírito que voltou com a força que inspiraram. Que aprendeu que a cura é proteção que nos revela e isto Significa que eu tenho a coragem e a força para me permitir ser quem eu realmente sou e não se tornar mais ninguém sem ideia que eles pensam que Eu "deveria" ser.

Dentro da minha Religião Eu sou um espírito que vagou para retornar a esta terra onde minhas irmãs Eu reencontrei ao meu lado Eu senti as chamas arderem em meu corpo e pulsar a morte por ter um poder Desconhecido e ignorado.




Hoje dentro do meu Templo me reúno com minhas irmãs em círculo me resgato e me curo em um só couro de nossas vozes caladas saem como a chama que os nossos corpos já nus, sem pudor nos clama, pois Eu sou sincera, teimosa e determinada.

Nós Bruxas da Bruxaria Tradicional nos curvamos para as florestas, pois somos as Bruxas que voltou para continuar a missão de seguir o caminho da Deusa sempre olhamos o passado como referência, o presente como luz, o futuro como meta e os monstros como parte do caminho. Somos as filhas de um poder maior pois estamos recebendo os ensinamentos das nossas ancestrais , utilizo trajes de todas as cores e em cada ritual especificamente. No inicio uso apenas branco. Quando Sacerdotisas uso preta dependendo dos rituais.


Eu sou Guardiã dos Sagrados e Saberes da Mãe terra, pois pela Deusa, eu quero o que eu quero e não há nada de errado com isso e aprendi também que Sou anciã, donzela, sou plena, sou feiticeira, Sou todas as forças em uma maior que impera, então, tente parar-me, tente apagar minha chama interior, tente pisar cada grama de beleza que tenho dentro de mim, pois Eu Sou a maré se movendo com a força da Lua Cheia.
Entendam de uma vez por toda que Eu não ando sozinha, nem ando com medo, ao meu lado tenho minhas Irmãs e minhas Ancestrais. Hoje estou mais forte e resgato O Feminino nosso de cada dia tão Sagrado e se isso me faz uma Bruxa, que assim seja. Eu abraço o título e tenho orgulho de suportar. Eu amo isso, pode me chamar de Bruxa agora e não me sinto mal sobre isso.


"Eu não sou uma bruxa, eu sou A Bruxa. E pra você, eu sou a Sra. Bruxa."


Selma – 3fasesdalua



SOU O QUE SOU POR ISTO SOU UMA BRUXA DA BRUXARIA TRADICIONAL

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Quero ir para um lugar onde o barulho seja apenas do vento e do mar...onde haja além de mim somente a presença divina da natureza "contaminando" a paisagem...e que lá reine os bons pensamentos e os sentimentos mais simples, entre eles a gratidão!
Rah Bruxa




O caminho da Bruxaria Tradicional é o fogo que vem da alma, da inspiração divina, é o caminho sábio do peregrino, é o mistério da vida e da morte, dos ciclos da natureza, da evocação da palavra mágica, é a essência ancestral perdida em um mundo superficial, é a ancora que leva a raíz da árvore sagrada. Seus mistérios que compõem e mantém vivo a essência, da fé nos costumes e devoções à magia, da fé na Espiritualidade Tradicionalista e talvez por este motivo muitas pessoas ficam fascinadas com a ideia de se tornar uma Bruxa ou Bruxo.

Bruxaria Tradicional é um modo de vida para indivíduos, não para massas; é tanto uma prática quanto um sacerdócio e não uma vestimenta que pode ser jogada fora quando as coisas ficarem difíceis, por isto não é raro encontrar pessoas que realmente acreditam que voamos em vassouras, ou que, ao nos tornarmos Bruxas, poderemos transformar a vizinha fofoqueira em sapo, ou ainda conquistar instantaneamente o gatinho mais cobiçado da escola. Pessoas que buscam na Bruxaria seja ela de qual seguimento seja com esse tipo de ilusão, ou que acham que reproduzindo o que viram em seriados como ‘Charmed’ ou no filme ‘Jovens Bruxas’ estão praticando a antiga Arte da feitiçaria, só podem se tornar ridículas e se decepcionar.

As Bruxas da Bruxaria Tradicional verdadeiramente são o mistério mais excelso da terra. Elas sentem o cheiro da morte, da vida, da mentira, da traição e outros mais....... Ainda nos dias de hoje somos as erveiras, raizeiras, benzedeiras, mulheres sábias que honramos esses ensinamentos passados por nossas ancestrais, talvez seja por isso que, como disse Clarissa Pinkola, toda mulher parece com uma árvore. Nas camadas mais profundas de sua alma ela abriga raízes vitais que puxam a energia das profundezas para cima, para nutrir suas folhas, flores e frutos. Ninguém compreende de onde uma Bruxa da Bruxaria Tradicional retira tanta força, tanta esperança, tanta vida. Mesmo quando são cortadas, tolhidas, retalhadas, de suas raízes ainda nascem brotos que vão trazer tudo de volta à vida outra vez.




As Bruxas Tradicionais vivem de uma maneira sagrada porque o mundo é sagrado, portanto é necessário tratar toda forma de vida com reverência e respeito, talvez por isto as pessoas costumem temer o que não conhecem bem, e é isso o que acontece com relação à Bruxaria Tradicional. Uma coisa importante a entender é que uma Bruxa Tradicional usa magia, em primeiro lugar, para moldar aspectos de sua própria vida depois ela a usa para fazer o bem respeitando sempre o livre arbítrio, mas entendemos que não é errado fazer magia para si, mas é errado fazer magia para passar por cima dos outros. Não é errado fazer magia para atrair um amor, mas é errado utilizá-la para escravizar pensamentos e tirar o livre-arbítrio de qualquer um que seja. No final, o mais prejudicado será você e apesar de não haverem regras na Bruxaria, duas coisas se tornam implacáveis: a lei do Tríplice Retorno (ou a Lei de Três) e nunca fazer algo que prejudique a si e aos outros.

Eu fico pasma como hoje é tão fácil você ler alguns livros, estudar por um ano e um dia e se autoiniciar. Pronto, você já deu um grande passo: agora você é Bruxa ! Não, você não é Bruxa. Não se pode simplesmente acreditar que você é uma Bruxa só porque você diz ser Bruxa. Este é o grande erro da nova geração. Este tem sido o erro fundamental que resultou na falta de credibilidade, na deturpação de valores transmitidos pelas nossas ancestrais.

Bruxas Tradicionais vivem de uma maneira sagrada porque o mundo é sagrado, portanto é necessário tratar toda forma de vida com reverência e respeito, aprendemos que a Magia muitas vezes funciona de maneira inesperada porque não é um processo mecânico, e o Universo não é uma máquina. Você está vivendo e fazendo magia dentro de uma Divina Realidade.




A Bruxaria Tradicional é muito mais que rituais e feitiços, é compartilhar, amar, cuidar...É saber levar a cada um o amor de nossos caminhos, o conhecimento sem medo de ser passado a outras pessoas, mas realmente passar na esperança que seja para um grande propósito onde fará a diferença um dia para muitas pessoas. Na Bruxaria Tradicional sabemos que as nossas escolhas são como sementes que plantamos, elas geram frutos, frutos que inevitavelmente colheremos, sejam eles bons ou maus.

A Bruxaria é uma tradição mágica. Xamanismo e Magia são técnicas espirituais, isto é, para ser Bruxa não é preciso fazer magia, ou ter poderes paranormais. Muito menos ser vidente ou médium. O que diferencia a Bruxa do Mago ou Xamã é a sua devoção pelos Deuses. Xamanismo e Magia são técnicas utilizadas pelas Bruxas, mas não têm nada a ver com a parte devocional da Bruxaria. É possível ser Bruxa fazendo-se somente os rituais de devoção, sem nunca praticar um único feitiço na vida, mas o contrário não é verdadeiro, pois, se não houver da sua parte um Amor sincero pela energia dos Deuses e harmonia com a Natureza, você pode fazer feitiços dia e noite, mas nunca será uma Bruxa. A Bruxaria Tradicional faz de cada ato, cada momento, cada instante uma celebração à vida. Os atos cerimoniosos ou momentos ritualísticos são a parte “fácil”, pois manter a intenção mágica em cada ato do dia, levar para o cotidiano os ensinamentos recebidos é o maior desafio das pessoas que buscam o crescimento dentro da Arte. A cada momento de sua vida mostrar aquilo que é e acredita, deixando de lado as desculpas ou críticas que surgirão no caminho.

A Bruxa vive gloriosamente, porque vive fazendo o caminho de fora para dentro, buscando filtrar tudo o que deve e o que não deve deixar entrar no seu templo sagrado, que é seu ser inviolável. Tem consciência dos seus erros, sem fantasias ou culpas infundadas. Sua noção de segurança individual e coletiva lhe promove uma vida de bem-aventurança pela virtude da prosperidade e da abundância.

Finalmente, a Bruxa aprende a se purificar vivendo com realismo, dentro da sua verdade, porém com a simplicidade dos Deuses, sem se abster das coisas que lhe foi permitido reger e proteger.

Por tudo acima descrito, é que costumamos afirmar que: "no caminho da Bruxaria são muitos os que buscam, e muito poucos os que chegam”.

Selma – 3fasesdalua



A MAGIA DAS BRUXAS DA BRUXARIA TRADICIONAL

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"Magia, aquilo que os céticos chamam de ilusão, os tolos de poder e os sábios chamam de vida."
Eddie Van Feu




As pessoas costumam temer o que não conhecem bem, e é isso o que acontece com relação à Bruxaria Tradicional talvez por isto nos dias de hoje muitas pessoas perderam a capacidade de olhar o mundo com encantamento, mas podemos reaprender isso prestando atenção nas lendas e nos mitos que ainda falam de realidades invisíveis que nos rodeiam. Talvez seja por isto que a Magia se tornou mal vista quando pessoas não preparadas resolvem tentar "despertar" os outros, contando-lhes coisas que não foram vistas e induzindo lhes ao erro camuflado de "grandes verdades da Magia”.

Na Bruxaria Tradicional aprendemos que toda Magia que flui de nossa conexão com o sagrado é energia de nossa vida, esta deve ser guiada pela natureza sagrada quando trabalhamos com ela, pois entendemos que a Magia muitas vezes funciona de maneira inesperada porque não é um processo mecânico, e o Universo não é uma máquina, estamos vivendo e fazendo Magia dentro de uma Divina Realidade, por isto nós Bruxas da Bruxaria Tradicional entendemos que as Bruxas não comandam nem controlam destinos, apenas recriam.

Entender o Segredo Real da conjuração do sucesso, como acontece com toda Magia, é a sua ligação com o Poder Sagrado que habita dentro de você e te rodeia. Tenha sempre cuidado com o que vai pedir, pois ao trabalhar, viver e praticar sua Magia em harmonia com a natureza, você estará em harmonia com o Deus e a Deusa que está dentro de você, no mundo e em toda natureza ao seu redor. 



Qualquer um tem o direito de praticar a Bruxaria seja ela em qual vertente for, pois se toda religião é formada basicamente de fé e misticismo, podemos compreender que religião e ocultismo estão interconectados. Dessa forma, concluímos que ocultismo é o conhecimento secreto das religiões, pois a capacidade humana de questionar-se é uma de suas maiores virtudes ao longo da história. O simples ato de buscar o autoconhecimento, compreender a própria origem e um significado supremo da existência na Terra.

Quando a mulher se descobre Bruxa da Bruxaria Tradicional sua alma reage, Ela reconhece o caminho em outras vidas percorrido. Não se trata então de um descobrimento. Na verdade, a Bruxa da Bruxaria Tradicional se redescobre Bruxa… Ela atende o clamor de sua alma e assume seu papel de ponte entre os mundos, pois na Bruxa Tradicional nós Bruxas deixamos nossa vida dançar suavemente nas bordas do tempo como o orvalho sobre a ponta de uma folha, pois entendemos que a Bruxa não pertence a nenhuma cultura, sociedade ou tribo ela é parte da sabedoria universal.

As Bruxas da Bruxaria Tradicional não somente varrem, Elas bane más energias. Elas não limpa, purifica. As Bruxas Tradicionais não cantam, encantam. Pois suas palavras são mágicas, e sua boca é santa, por isto estamos sempre estudando e procurando a sabedoria das nossas antepassadas, pois Bruxa Tradicional é, antes de tudo, alguém que está em contato com energias sutis. Olhamos ao nosso redor e vemos mais do que matéria. Vemos o íntimo, o Espírito das coisas nas coisas.



Eu nasci com este dom de ser uma Bruxa da Bruxaria Tradicional nunca fiz nada para ser assim. Consigo sempre ver nas coisas e nas pessoas algo mais do que coisas e do que pessoas. É fácil para Eu responder-lhes e brincar com as suas energias. Bruxas Tradicionais vê o passado como referencial, o presente como luz e o futuro como meta, acreditamos no poder do feminino, temos os nossos próprios termos. Nós comungamos com a natureza. Escolhemos nossas próprias semânticas livremente, sem nenhum mediador. E o mais importante nós fazemos as coisas acontecerem. Somos parteiras para a metamorfose. Somos mulheres mágicas, somos Bruxas Tradicionais e nós, literalmente, mudamos o mundo.

Espero e faço meus pedidos a Grande Mãe para que as pessoas nos respeitem assim como respeitamos todos que não são pagãos, peço que essas pessoas entendam que não aceitamos o conceito de “mal absoluto”, nem adoramos qualquer Entidade conhecida como Satã ou Demônio, como definido pela Tradição Cristã. Não buscamos Poder através do sofrimento de outros, trabalhamos dentro da Natureza para aquilo que é positivo e praticamos Ritos para nos alinharmos ao ritmo natural das Forças Vitais marcadas pelas Fases da Lua.

O bom de ser Bruxa da Bruxaria Tradicional é que não precisamos estampar quem somos... Os Deuses nos reconhecem em nossos pequenos detalhes, pois é preciso muito mais do que um ritual teatral para se chegar a Deusa! O Poder está no Sentir... Ouvir... E Calar. Nada tem um fim definitivo... Tudo se torna outra coisa... Tudo se transforma... Até mesmo nós. Somos a natureza. Tudo o que nos cerca é natureza. A Deusa é natureza, portanto, é TUDO.

Selma – 3fasesdalua



EU SOU SACERDOTISA EU SOU PAGÃ

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Eu sou uma Sacerdotisa da Bruxaria Tradicional e também sou Pagã. Eu sou parte de toda a Natureza. As Pedras, os Animais, as Plantas, os Elementos e Estrelas são meus parentes. Outros humanos são minhas irmãs e irmãos, sejam quais forem suas raças, cores, sexo, orientações sexuais, idades, nacionalidades, religiões, estilos de vida. Sou Bruxa e sou Pagã sendo assim posso afirma que o Paganismo é um nome genérico que se refere às religiões politeísta, panteísta e animista, ou seja, religiões que respeitam a natureza como um ser divino, que possui espírito e cultuam vários Deuses e Deusa.

Eu uso a magia para melhorar minha vida e das pessoas que me procuram, aprendendo com meus erros e renovando minha capacidade de reconhecer o universo como um milagre de magia e perfeito equilíbrio. Conheço os diversos mundos e busco trazer deles o que melhor condiz com minha realidade e as necessidades que surgem nos giros da Roda da Vida, aprendendo a lição dos ciclos.

Pertencer a Bruxaria Tradicional e ser Pagã significa que estou livre para ser a criatura maravilhosa que Eu sou, Eu tenho a coragem e a força para me permitir ser quem eu realmente sou e não me tornar mais uma sem ideia que eles pensam que Eu "deveria" ser. Eu sou a filha de muitas mães e muitas são as que me guiam. Também sou filha de muitos pais e muitos são os que me aconselham. A Deusa que me ilumina, é aquela que me ensina e o Deus que me fortalece, é aquele que me engrandece e todos os Deuses trazem a mim o seu alento.



No meu Templo celebramos a Roda do Ano criando junto com as minhas irmãs de alma que me cercam a dança ancestral, refazendo os caminhos já trilhados por nossos antepassados de uma maneira nova e em consonância com nosso tempo. Nós dançamos ao redor de fogueiras ao som de tambores. Nós acreditamos na Grande Mãe, que também é Donzela e Anciã. Cultuamos o Deus Chifrudo e com ele caminhamos sob o céu. Praticamos ritos antigos, e também novos. Levo minhas irmãs às celebrações lunares e solares, desejando que elas cresçam cada vez mais responsáveis e tenham auto -determinação, independência e liberdade. Que elas possam fazer a magia do amor.

Ao longo desses anos conheci muitos pagãos, cada vez mais pessoas que acorda do pesadelo das visões retilíneas do universo e passa a sonhar o doce sonho da Terra. Nessas pessoas descubro meus irmãos e irmãs de alma, meus companheiros e companheiras de caminho, minhas parceiras na dança espiral. Me orgulho de viver em um tempo em que a Deusa sorri e podemos retribuir seu sorriso em alegria e liberdade. Nunca mais os tempos da fogueira.

Eu honro a Grande Deusa em Seus muitos aspectos de Grande Mãe, e o Deus Pai, em suas formas de Velho Deus Céu, Pai Tempo e Rei do azevinho. Eu decoro minha casa com luzes e com azevinho, hera, visco, sempre-vivas e outras ervas sagradas para esta estação. Eu toco sinos no novo ano solar e falamos muito, aprendemos muito, na caminhada da Bruxaria.


Mas muitas pessoas não percebem que o que movimenta a magia é a nossa fé. De que adianta, uma Sacerdotisa, uma Bruxa, um Mago ou um Aprendiz, viver em função de rituais, bruxedos, se sua fé não está enraizada.
Sabemos da existência da "Lei Tríplice", sabemos do quanto é ela importante na caminhada, mas se a fé não andar de mãos dadas com a prática, tudo se torna vazio...

Não sou perfeita, e não cobro perfeição, não sou imune a erros e defeitos, afinal sou humana como todos são!
Não corro atrás de ninguém, por entender, que amizades, que começam assim, já não tem bases sólidas...
Mas sou compreensiva aos impulsos humanos, afinal quem sabe realmente o teor do sentimento amor, sabe que se deve ser flexível.
Falo mansamente a minha verdade, e sei ouvir as dos outros, pois entendo que esse é o parâmetro da socialização humana...
Não obrigo ninguém a nada, pois detesto flagelos que nos prendem, amo a liberdade, tanto de expressão, quanto de personalidade...
Estou aqui no mundo, única e exclusivamente para evoluir, cair, me levantar e prosseguir como qualquer humano que compreende a necessidade do seu próprio caminhar.

Eu sou uma Bruxa Tradicional e também sou Pagã, mas eu não sou má. Não prejudico ninguém com o meu poder! Não sou perigosa... Minha religião não é uma piada! Não sou fantasia...Sou real! Você não precisa ter medo de mim...Não quero converter você! Mas, por favor, não tente me converter. Apenas me dê o mesmo direito que lhe dou: Viver em paz! Sou muito mais parecida com você, do que possa imaginar e por tudo isto que Eu entendo que a Espiritualidade da natureza é a minha religião e minha base de vida. Natureza é minha professora espiritual e meu livro sagrado. Eu sou parte da Natureza e a Natureza é parte de mim. Minha compreensão dos mistérios internos da Natureza cresce enquanto eu viajo neste caminho espiritual.

Eu abraço o título de ser UMA SACERDOTISA DA BRUXARIA TRADICIONAL E PAGÃ e tenho orgulho de suportar. Eu amo isso, pode me chamar de Bruxa de Pagã agora e sempre, pois não me sinto mal sobre isso.

Selma – 3fasesdalua



A GRANDE ARTE DE SER UMA BRUXA TRADICIONAL

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"O aprendiz que você é hoje antevê o mestre que você vai ser. Conhecimento só é poder quando passado para frente. A sabedoria é poder para O OUTRO. Se você é um aprendiz, mas se recusa a ser um mestre, seu aprendizado foi estéril, inútil e provavelmente irreal. Quem aprende DE VERDADE passa o conhecimento para frente."




Quando me perguntam qual a minha religião e Eu tento explicar que sigo a Bruxaria Tradicional e que sempre foi uma opção de escolha minha ser uma BRUXA e por isto ser pagã, por EU acreditar também que o mundo está presenciando, atualmente, um novo despertar da Deusa, resgatando a sacralidade do princípio feminino, mesmo assim as pessoas teimam em não querer entender.

Essas mesmas pessoas que não entendem que dentro da minha prática de Religião levamos muito a sério o Livre Arbítrio que está também escrito no Livro Sagrado dos Cristãos.

Livre Arbítrio na Bruxaria Tradicional não é escolher entre "certo e errado", livre-arbítrio é traçar seu próprio caminho mesmo quando o caminho escolhido for o de muitos outros. Para a Bruxaria Tradicional não existe certo e errado, existem apenas caminhos mais longos e mais curtos, mas cada um tem o seu caminho a percorrer, todos eles com muitas idas e vindas ao sabor dos ciclos. Por vezes corremos, por vezes andamos lentamente, por vezes tomamos atalhos e depois retornamos para resgatar o que ficou para trás, serve de ensinamento para o presente e o futuro. Por fim, percebemos quão intimamente relacionados estão o livre-arbítrio e a verdade. Praticar o livre-arbítrio é buscar, se aproximar e concretizar a verdade.



Para vocês que não praticam a Bruxaria Tradicional quero também deixar vocês ciente que nós Bruxas temos os nossos Esbates que é: As três faces da Deusa se apresentam sucessivamente à medida que a Lua cresce e decresce no céu. Assim, ao longo de uma lunação, há o momento de plantar, de colher e de ceifar. A cada Lua Cheia realizamos um esbate para acertarmos o ritmo de nossas vidas com a natureza, mas nada impede que um círculo que adote a Veneração Ancestral, por algum motivo específico, celebre ocasionalmente também alguma outra fase da Lua, muito embora aconselhemos não celebrar a Lua Negra (quando a Lua está do outro lado da Terra durante a noite).

Para completar temos os nossos oito Sabbats, celebrados a cada ano pelos Covens das Bruxas e pelas Bruxas Solitárias, são belas cerimônias religiosas derivadas dos antigos festivais que celebravam, originalmente, a mudança das estações do ano. Os Sabbats, também conhecidos como a "Grande Roda Solar do Ano" e "Mandala da Natureza", têm sido celebrados sob formas diferentes por quase todas as culturas no mundo. São conhecidos sob vários nomes e aparecem com frequência na mitologia.
Os quatro Sabbats principais (ou grandes) correspondem ao antigo ano gaélico e são chamados de Candlemas, Beltane, Lammas e Samhain. Os quatro menores são Equinócio de Primavera, Solstício de Verão, Equinócio do Outono e Solstício de Inverno.

Bruxaria Tradicional trás em sua Raiz a Tradição das Bruxas Ancestrais comum a todas as tradições cuja à sua linhagem se originou durante, ou antes, da Idade Média e não foi interrompida. A magia é uma das característica das Bruxas Tradicionais.




Pertencer a Arte Antiga significa ser livre, amar a liberdade, amar magias, amar a igualdade, acreditar na humanidade, amar os animais, apreciar a Natureza, ficar por horas contemplando a Lua e as estrelas, fazer meus rituais e outras coisas então podem dizer que eu sou essa criatura Maravilhosa.

A Grande Arte Antiga não impõe a ninguém um procedimento ou uma atitude única. Ao contrário, ela é ampla e nos permite agir de acordo com nossos princípios, contudo, lembra-nos sempre da verdade maior "Tudo o que fizeres voltará em triplo para ti", ou "Tudo aquilo que fizer retornará a você nesta vida multiplicado por três"…

A Bruxaria seja ela qual vertente for também conhecida por muitos como a filosofia ou religião da Grande Mãe, que pode ser ela a Terra, a Lua, a Natureza, a Água, as Árvores, as Plantas e a Vida... É enfim, a abençoada “Magia” de uma Bruxa.

Ser Bruxa atuante e competente requer mais que a simples racionalização do desejo. Cumpre-lhe conhecer os princípios físicos e metafísicos subentendidos em todo o trabalho mágico e espiritual, a fim de poder usar corretamente o Poder e para o bem de todos e todas. Bruxa é criatura humana, encarnada. Que ri que chora que sangra... e tem que saber viver no mundo como ser humano responsável, para poder ser Bruxa responsável. Há que aprender a respeitar os anciãos que têm muito a ensinar, como: a semear, a colher, a ouvir o próprio interior, a conhecer e acima de tudo, observar que a Terra, é nosso Lar, mas não é apenas nosso, é de todo ser vivo que tem direito à vida tanto quanto nós.

Para vocês Eu quero responder que tudo isto é ser BRUXA por isto muito prazer Eu SOU UMA BRUXA TRADICIONAL.


Selma – 3fasesdalua



ARADIA DE TOSCANO - A RAINHA DAS BRUXAS

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Aradia de Toscano - (Volterra, Itália, 1313 – ?)


ARADIA, A RAINHA DAS BRUXAS Aradia de Toscano,
nasceu em 13 de agosto de 1313 em Volterra, Itália. Diz a lenda que ela era filha de Deusa Lunar Diana,
e que foi responsável pela perpetuação de seu culto. 

Alguns historiadores afirmam que seu pai poderia ter sido Apolo, Lucifer ou Dianus.

Ela viveu nos montes de Alban e florestas perto do lago Nemi, na Itália, junto aos escravos que haviam se libertado de seus senhores.

Ali ela ensinou-lhes a Antiga Religião e pregava o amor pela liberdade. Sua forte presença e suas palavras cheias de amor, trouxe esperança para os camponeses que eram explorados pelos senhores feudais. Desta fora ela aumentou-lhes a auto-estima, deu-lhes o devido valor e ensinou-lhes a terem respeito por si próprios. 
Aradia colocou-os em harmonia com a natureza através de seus ritos sazonais e rituais da Lua Cheia.

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A Igreja Católica a perseguiu como “Rainha das Bruxas” e colocou-a na prisão. Lá foi torturada e sentenciada à morte. No dia da execução, não foi encontrada em sua cela. Tinha escapado milagrosamente e voltou a ensinar sua religião ao povo. Quando presa novamente pelos soldados, falou ao padre: “Você só traz a punição para àqueles que se livraram da Igreja e da escravidão. Estes símbolos e roupa de autoridade que veste, só servem para esconder a nudez que nos faz iguais. Você diz que serve a um deus, mas você serve somente a seus próprios medos e limitações”.

Acabou presa desta vez, por heresia e traição. Sentenciada novamente à morte, outra vez escapou, retornando às montanhas, junto aos seus, onde fez uma revisão em seus ensinamentos.


Um dia comunicou a todos que partiria para o Leste. Entregou-lhes uns escritos que tinham por título: “A Carga da Deusa”, onde descrevia minuciosamente todos os rituais. Antes de partir, instruiu seus seguidores para recordá-la compartilhando vinho e bolos nos cerimoniais sagrados. Prometeu, que todo aquele que clamasse por Diana, sua mãe, e por ela, receberiam muitas graças e seriam abençoados.



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Após a partida de Aradia, os covens foram terrivelmente perseguidos e muitos deles disimados pelos inquisitores. Eram eles: Janarric (mistérios lunares), Fanarric (mistérios da terra) e Tanarric (mistérios estelares). Estes grupos são consultados ainda hoje como às Tradições da Tríade.


Em 1508, Bernardo Rategno, um inquisitor italiano, documentou um volumoso acréscimo no número de seitas de bruxaria começados no ano de 1350. Correspondia exatamente com o período que Aradia encontrava-se na Itália, ensinando a Antiga Religião. 

Aradia era a doutrinadora da Antiga Religião da Deusa e também a protetora das bruxas. Era uma deusa intelectualizada com a chama de uma Amazona em seu interior. É uma deusa associada com a Lua Cheia, apresentando o espírito de uma “Donzela”, somada à habilidade e presteza herdada de sua mãe Diana e também a sabedoria de uma “Anciã”.

Aradia é um símbolo para as bruxas atuais. Através de seus ensinamentos nós nos transformamos e nos unimos ao céu, à terra, à lua e ao universo.

Fonte de Pesquisa: Rosane Volpatto


Selma - 3fasesdalua


As Dádivas da Deusa Hécate

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O dia 13 de Agosto era uma data importante no antigo calendário greco-romano, dedicada às celebrações das deusas Hécate e Diana, quando Lhes eram pedidas bênçãos de proteção para evitar as tempestades do verão europeu que prejudicassem as colheitas.


Na tradição cristã comemora-se no dia 15 de Agosto a Ascensão da Virgem Maria, festa sobreposta sobre as antigas festividades pagãs para apagar sua lembrança, mas com a mesma finalidade: pedir e receber proteção. Com o passar do tempo perdeu-se o seu real significado e origem e preservou-se apenas o medo incutido pela igreja cristã em relação ao nome e atuação de Hécate. Esta poderosa Deusa com múltiplos atributos foi considerada um ser maléfico, regente das sombras e fantasmas, que trazia tempestades, pesadelos, morte e destruição, exigindo dos seus adoradores sacrifícios lúgubres e ritos macabros. Para desmistificar as distorções patriarcais e cristãs e contribuir para a revelação das verdades milenares, segue um resumo dos aspectos, atributos e poderes da deusa Hécate.

Hécate, também chamada de Perséia, era filha dos titãs Astéria a noite estrelada e Perses o deus da luxúria e da destruição, mas foi criada por Perséfone a rainha dos infernos, onde ela vivia. Antes Hécate morava no Olimpo, mas despertou a ira de sua mãe quando roubou-lhe um pote de carmim. Ela fugiu para a terra e tornando-se impura foi levada às trevas para ser purificada. Vivendo no Hades, ela passou a presidir as cerimônias e rituais de purificação e expiação. Hécate em grego significa "a distante". 

Tinha características diferentes dos outros deuses mas Zeus atribuiu-lhe prestígio. Após a vitória dos deuses olímpicos contra os titãs, a titânomaquia, Zeus, Poseidon e Hades partilharam entre sí o universo. A Zeus coube o céu e a terra, a Poseidon coube os oceanos e Hades recebeu o mundo das trevas e dos mortos. Hécate manteve os seus domínios sobre a terra, os céus, os mares e sobre o submundo, continuando a ser honrada pelos deuses que a respeitavam e mantiveram seu poder sobre o mundo e o submundo.

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Ela é representada ora com três corpos ora com um corpo e três cabeças, levando sobre a testa uma tiara com a crescente lunar, uma ou duas tochas nas mãos e serpentes enroladas em seu pescoço. Suas três faces simbolizam a virgem, a mãe e a velha senhora. Tendo o poder de olhar para três direções ao mesmo tempo, ela podia ver o destino, o passado que interferia no presente e que poderia prejudicar o futuro. As três faces passaram a simbolizar seu poder sobre o mundo subterrâneo, ajudando à deusa Perséfone a julgar os mortos.

Para os romanos era considerada Trívia a deusa das encruzilhadas. Associada ao cipreste, Hécate se fazia acompanhar de seus cães, lobos e ovelhas negras. Por sua relação com os encantamentos, feitiços e a obscuridade, os magos e bruxas da antiga Grécia lhe faziam oferendas com cães e cordeiros negros no final de cada lua nova. Também combateu Hércules quando ele tentou enfrentar Cérbero, o cão guardião do inferno com três cabeças que sempre lhe acompanhava.

O tríplice poder de Hécate se estendia do inferno, à terra e ao mar. Ela rondava a terra nas noites da lua nova e no mar tinha seus casos de amor. Considerada uma divindade tripla: lunar, infernal e marinha, os marinheiros consideravam-na sua deusa titular e pediam-lhe que lhes assegurasse boas travessias. O próprio Zeus lhe deu o poder de conceder ou negar qualquer desejo aos mortais e aos imortais. Foi Hécate quem ajudou Deméter quando ela peregrinou pelo mundo em busca de sua filha Perséfone.

Quando Perséfone, a amada filha de Deméter foi raptada por Hades o senhor do submundo quando colhia flores, sua mãe perambulou em desespero por toda a Terra. Senhora dos cereais e alimento, a grande mãe Deméter mortificada pela tristeza, privou todos os seres de alimento. Nada nascia na terra e Hécate, sendo sábia e observando o que acontecia, contou a Deméter o que havia sucedido a Perséfone.

Zeus decidiu interferir e ordenou que Perséfone regressasse para junto de sua mãe, desde que não tivesse ingerido nenhum alimento nos infernos. Porém, antes de retornar, Perséfone comeu algumas sementes de romã, o fruto associado às travessias do espírito. Assim ele podia passar duas partes do ano na superficie junto da Mãe, era quando a terra florescia. Mas Perséfone devia retornar para junto de Hades uma parte, era quando a terra cessava de florescer.

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Hécate espalhava sua benevolência para os homens, concedendo graças a quem as pedia. Dava prosperidade material, o dom da eloquência na política, a vitória nas batalhas e nos jogos. Proporcionava peixe abundante aos pescadores e fazia prosperar ou definhar o gado. Seus privilégios se estendiam a todos os campos e era invocada como a deusa que nutria a juventude, protetora das crianças, enfermeira e curandeira de jovens e mulheres.

Acreditava-se que ela aparecia nas noites de Lua Nova com sua horrível matilha diante dos viajantes que cruzavam as estradas. Ela era considerada a deusa da magia e da noite em suas vertentes mais terríveis e obscuras. Com seu poder de encantamento, também enviava os terrores noturnos e espectros para atormentar os mortais. Frequentava as encruzilhadas, os cemitérios e locais de crimes e orgias, tornando-se assim a senhora dos ritos e da magia negra. Senhora dos portões entre o mundo dos vivos e o mundo subterrâneo das sombras, Hécate é a condutora de almas e as Lâmpades, ninfas do Subterrâneo, são suas companheiras.

Com Eetes, Hécate gerou a feiticeira Circe a deusa da noite que se tornou uma famosa feiticeira com imenso poder da alquimía. Segundo a lenda, a filha de Hécate elaborava venenos, poções mágicas e podia transformar os homens em animais. Vivendo em um palácio cheio de artifícios na Ilha Ea ou Eana, no litoral da Italia, Circe se tornou a deusa da Lua Nova ou Lua Negra, sendo relacionada à morte horrenda, à feitiçaria, maldições, vinganças, sonhos precognitivos, magia negra e aos encantamentos que ela preparava em seus grandes caldeirões.

Hécate é um arquétipo primordial do inconsciente pessoal e coletivo, que nos permite o acesso às camadas profundas da memória ancestral. É representada no plano humano pela xamã que se movimenta entre os mundos, pela vidente que olha para passado, presente e futuro e pela curadora que transpõe as pontes entre os reinos visíveis e invisíveis, em busca de segredos, soluções, visões e comunicações espirituais para a cura e regeneração dos seus semelhantes.

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Como Prytania, a “Rainha dos mortos”, Hécate é a condutora das almas e sua guardiã durante a passagem entre os mundos, mas Ela também rege os poderes de regeneração, sendo invocada no desencarne e nos nascimentos como Protyraia, para garantir proteção e segurança no parto, vida longa, saúde e boa sorte.

Hécate Kourotrophos cuida das crianças durante a vida intra-uterina e no seu nascimento, assim como fazia sua antecessora egípcia, a parteira divina Heqet. Possuidora de uma aura fosforescente que brilha na escuridão do mundo subterrâneo, Hécate Phosphoros é a guardiã do inconsciente e guia das almas na transição, enquanto as duas tochas de Hécate Propolos, apontadas para o céu e a terra, iluminam a busca da transformação espiritual e o renascimento, orientado por Soteira, a Salvadora.


Como deusa lunar Hécate rege a face escura da Lua, Ártemis sendo associada com a lua nova e Selene com a lua cheia. No ciclo das estações e das fases da vida feminina Hécate forma uma tríade divina juntamente com: Kore/Perséfone/Proserpina/Hebe que presidem a primavera, fertilidade e juventude, Deméter/Ceres/Hera regentes da maturidade, gestação, parto e colheita e o Seu aspecto Chtonia, deusa anciã, detentora de sabedoria, padroeira do inverno, da velhice e das profundezas da terra.


Hécate Trivia e Trioditis, protetoras dos viajantes e guardiãs das encruzilhadas de três caminhos, recebiam dos Seus adeptos pedidos de proteção e oferendas chamadas “ceias de Hécate”. Propylaia era reverenciada como guardiã das casas, portas, famílias e bens pelas mulheres, que oravam na frente do altar antes de sair de casa pedindo Sua benção. As imagens antigas colocadas nas encruzilhadas ou na porta das casas representavamHécate Triformis ou Tricephalus como pilar ou estátua com 3 cabeças e 6 braços que seguravam suas insígnias: tocha (ilumina o caminho), chave (abre os mistérios), corda (conduz as almas e reproduz o cordão umbilical do nascimento), foice (corta ilusões e medos).

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Devido à Sua natureza multiforme e misteriosa e à ligação com os poderes femininos “escuros”, as interpretações patriarcais distorceram o simbolismo antigo desta deusa protetora das mulheres e enfatizaram Seus poderes destrutivos ligados à magia negra (com sacrifícios de animais pretos nas noites de lua negra) e aos ritos funerários.


Na Idade Média, o cristianismo distorceu mais ainda seus atributos, transformando Hécate na “Rainha das bruxas”, responsável por atos de maldade, missas negras, desgraças, tempestades, mortes de animais, perda das colheitas e atos satânicos. Estas invenções tendenciosas levaram à perseguição, tortura e morte pela Inquisição de milhares de “protegidas de Hécate”, as curandeiras, parteiras e videntes, mulheres “suspeitas” de serem Suas seguidoras e animais a Ela associados (cachorros e gatos pretos, corujas).

No intuito de abolir qualquer resquício do Seu poder, Hécate foi caricaturizada pela tradição patriarcal como uma bruxa perigosa e hostil, à espreita nas encruzilhadas nas noites escuras, buscando e caçando almas perdidas e viajantes com sua matilha de cães pretos, levando-os para o escuro reino das sombras vampirizantes e castigando os homens com pesadelos e perda da virilidade. As imagens horrendas e chocantes são projeções dos medos inconscientes masculinos perante os poderes “escuros” da Deusa, padroeira da independência feminina, defensora contra as violências e opressões das mulheres e regente dos seus rituais de proteção, transformação e afirmação.


No atual renascimento das antigas tradições da Deusa compete aos círculos sagrados femininos resgatar as verdades milenares, descartando e desmascarando imagens e falsas lendas que apenas encobrem o medo patriarcal perante a força mágica e o poder ancestral feminino. Em função das nossas próprias memórias de repressão e dos medos impregnados no inconsciente coletivo, o contato com a Deusa Escura pode ser atemorizador por acessar a programação negativa que associa escuridão com mal, perigo, morte. Para resgatar as qualidades regeneradoras, fortalecedoras e curadoras de Hécate precisamos reconhecer que as imagens destorcidas não são reais, nem verdadeiras, que nos foram incutidas pela proibição de mergulhar no nosso inconsciente, descobrir e usar nosso verdadeiro poder.

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A conexão com Hécate representa para nós um valioso meio para acessar a intuição e o conhecimento inato, desvendar e curar nossos processos psíquicos, aceitar a passagem inexorável do tempo e transmutar nossos medos perante o envelhecimento e a morte. Hécate nos ensina que o caminho que leva à visão sagrada e que inspira a renovação passa pela escuridão, o desapego e transmutação. Ela detém a chave que abre a porta dos mistérios e do lado oculto da psique; Sua tocha ilumina tanto as riquezas, quanto os terrores do inconsciente, que precisam ser reconhecidos e transmutados. Ela nos conduz pela escuridão e nos revela o caminho da renovação. Porém, para receber Seus dons visionários, criativos ou proféticos precisamos mergulhar nas profundezas do nosso mundo interior, encarar o reflexo da Deusa Escura dentro de nós, honrando Seu poder e Lhe entregando a guarda do nosso inconsciente. Ao reconhecermos e integrarmos Sua presença em nós, Ela irá nos guiar nos processos psicológicos e espirituais e no eterno ciclo de morte e renovação. Porém, devemos sacrificar ou deixar morrer o velho, encarar e superar medos e limitações; somente assim poderemos flutuar sobre as escuras e revoltas águas dos nossos conflitos e lembranças dolorosas e emergir para o novo.

Descendente dos Titãs, Hécate não tem um mito próprio e foi uma das divindades mais ignoradas da mitologia grega, mencionada apenas em outros mitos, tal como o mito de Perséfone e Deméter. Hécate é deusa dos caminhos e seu poder de olhar para três direções ao mesmo tempo sugere que algo no passado pode interferir no presente e prejudicar planos futuros.

A deusa grega nos lembra da importância da mudança, ajudando-nos a libertar do passado, especialmente do que atrapalha nosso crescimento e evolução, para aceitar as mudanças e transições. Às vezes ela nos pede para deixar o que é familiar e seguro para viajarmos para os lugares assustadores da alma. Novos começos, seja espiritual ou mundano, nem sempre são fáceis mas Hécate está lá para apoiar e mostrar o caminho.

Ela empresta sua clarividência para vermos o que está profundamente esquecido ou até mesmo escondido de nós mesmos, ajudando a encontrarmos e escolhermos um caminho na vida. Com suas tochas, ela nos guia e pode nos levar a ver as coisas de forma diferente, inclusive vermos a nós mesmos, ajudando-nos a encontrar uma maior compreensão de nós mesmos e dos outros.


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Hécate nos ensina a sermos justos e tolerantes com aqueles que são diferentes e com aqueles que tem menos sorte, mas ela não é demasiadamente vulnerável, pois Hecate dispensa justiça cega e de forma igual. Apesar de seu nome significar "a distante", Hécate está presente nos momentos de necessidade. Quando liberamos o passado e o que nos é familiar, Hécate nos ajuda a encontrar um novo caminho através de novos começos, apesar da confusão das ideias, da flutuação dos nossos humores e às incertezas quando enfrentamos as inevitáveis mudanças de vida.

A poderosa deusa possuia todos aspectos e qualidades femininos, tendo sob seu controle as forças secretas da natureza. Considerada a patrona das sacerdotisas, deusa das feiticeiras e senhora das encruzilhadas, Hécate transita pelos três reinos, a todos conhece mas nenhum domina. Os três reinos são posses de figuras masculinas, mas ela está além da posse ou do ego, ela é a sábia, a anciã. A senhora do visível e do invisível, aguarda na encruzilhada e observa: o passado, o presente e o futuro. Ela não se precipita, aguarda o tempo que for preciso até uma direção ser tomada. Ela não escolhe a direção, nós escolhemos. Ela oferece apenas a sua sabedoria e profunda visão, acima das ilusões.

Os gregos sempre viam Hécate como uma jovem donzela. Acompanhada frequentemente em suas viagens por uma coruja, símbolo da sabedoria, a ela se atribuia a invenção da magia e da feitiçaria, tendo sido incorporada à família das deusas feiticeiras. Dizia-se que Medéia seria a sacerdotisa de Hécate. Ela praticava a bruxaria para manipular com destreza ervas mágicas, venenos e ainda para poder deter o curso dos rios e comprovar as trajetórias da lua e das estrelas.

Como deusa dos encantamentos, acreditava-se que Hécate vagava à noite pela Terra, sempre acompanhada por seu espíritos e fantasmas. Suas lendas contam que ela passava pela Terra ao pôr do Sol, para recolher os mortos daquele dia. Como feiticeira, não podia ser vista e sua presença era anunciada apenas pelos latidos dos cães. Na verdade, as imagens horrendas e chocantes são projeções dos medos inconscientes masculinos perante os poderes da deusa, protetora da independência feminina, defensora contra a violência e opressão das mulheres, regente dos seus rituais de proteção, transformação e afirmação.



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Em função dessas memórias de repressão e dos medos impregnados no inconsciente coletivo, o contato com a deusa escura pode ser atemorizador por acessar a programação negativa que associa escuridão com mal, perigo, morte. Para resgatar as qualidades regeneradoras, fortalecedoras e curadoras de Hécate precisamos reconhecer que as imagens distorcidas não são reais nem verdadeiras. Elas foram incutidas pela proibição de mergulhar no nosso inconsciente, descobrir e usar nosso verdadeiro poder.

Para receber seus dons visionários, criativos ou proféticos, precisamos mergulhar nas profundezas do nosso mundo interior, encarar o reflexo da deusa escura dentro de nós, honrando seu poder e lhe entregando a guarda do nosso inconsciente. Ao reconhecermos e integrarmos sua presença em nós, ela irá nos guiar. Porém, devemos sacrificar ou deixar morrer o velho, encarar e superar medos e limitações. Somente assim poderemos flutuar sobre as escuras e revoltas águas dos nossos conflitos e lembranças dolorosas e emergir para o novo.

A conexão com Hécate representa um valioso meio para acessar a intuição e o conhecimento, aceitar a passagem inexorável do tempo e transmutar nossos medos perante o envelhecimento e a morte. Hécate nos ensina que o caminho que leva à visão sagrada e que inspira a renovação passa pela escuridão, o desapego e transmutação. Ela detém a chave que abre a porta dos mistérios e do lado oculto da psique. Sua tocha ilumina tanto as riquezas, quanto os terrores do inconsciente, que precisam ser reconhecidos e transmutados. Ela nos conduz pela escuridão e nos revela o caminho da renovação.

As Moiras teciam, mediam e cortavam o fio da vida dos mortais, mas Hécate podia intervir nos fios do destino. Muitas vezes foi representada com uma foice ou punhal para cortar as ligações com o mundo dos vivos. O cipreste está associado à imortalidade, intemporalidade e eterna juventude. Sendo a morte encarada como passagem transformadora e não o fim assustador e definitivo, essa significação tem origem na própria terra que dá vida, dá a morte e transforma os frutos em novas sementes que irão renascer.


Selma - 3fasesdalua

CIRCE A RAINHA DAS FEITICEIRAS E DEUSA DA NOITE

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Circe era uma famosa feiticeira, considerada a Deusa da Noite, que com imenso poder da alquimía, elaborava venenos e poções mágicas. Segundo a lenda, costumava transformar os homens em animais, vivendo em um palácio cheio de artifícios. Filha de Perséia - a destruição, também com significado de Hécate e de Hélios - o deus sol, Circe era considerada a Deusa da Lua Nova ou Lua Negra, do amor físico, feitiçaria, encantamentos, sonhos precognitivos, maldições, vinganças, magia negra, bruxaria, caldeirões.

Com o auxílio de sua varinha, poções, ervas e feitiços, transformava homens em animais, fazia florestas se moverem e o dia virar noite. Os escritores antigos Homero, Hesíodo, Ovídio e Plutarco relataram suas proezas, garantindo para ela um lugar nas lendas. Vivia num palácio encantado, cercado por lobos e leões, seres humanos enfeitiçados. Crê-se que essa ilha se encontra hoje onde é o Monte Circeu.

Circe casou-se com o Rei dos Sámatas e tendo-o envenenado, se refugiou na Ilha de Ea ou Eana, no litoral da Italia. O nome da ilha Ea ou Eana é traduzido como prantear e dela emanava uma luz tênue e fúnebre. Essa luz identificava Circe como a deusa da morte horrenda e do terror. Era também associada aos vôos mortais dos falcões, pois, assim como estes, ela rodeava suas vítimas para depois enfeitiçá-las.

O grito do falcão é "circ-circ", considerado a canção mágica de Circe, que controlava tanto a criação quanto a dissolução. Sua identificação com os pássaros é importante, pois eles têm a capacidade de viajar livremente entre os reinos do céu e da terra, possuidores dos segredos mais ocultos, mensageiros angélicos e portadores do espírito e da alma. Escritores gregos antigos a citavam como "Circe das Madeixas Trançadas", pois podia manipular as forças da criação e destruição através de nós e tranças em seus cabelos. Como o círculo, ela era também a tecelã dos destinos.

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Na Odisséia, no decurso de suas perambulações, o herói Ulisses e sua tripulação desesperada chegaram na Ilha de Eana, onde vivia Circe. Ao desembarcar, Ulisses subiu até uma montanha de onde avistou um ponto no centro da ilha, um palácio rodeado de árvores.

Ulisses enviou seus homens para verificar as condições de hospitalidade. Ao se aproximarem do palácio os gregos viram-se rodeados de leões, tigres e lobos, não ferozes mas domados pela arte de Circe, que eram homens transformados em feras por seus encantamentos. De dentro do palácio vinha uma música suave e o canto de uma bela voz de mulher. Quando entraram, ela os recebeu e eles de nada desconfiaram, exceto Euríloco, o chefe da expedição.

A deusa serviu vinho e iguarias. Enquanto eles se divertiam, Circe tocou-os com uma varinha de condão e eles se transformaram imediatamente em porcos, embora conservando a inteligência de homens. Euríloco se apressou a voltar ao navio e contar o que vira. Ulisses, então, resolveu ir ele próprio tentar a libertação dos companheiros.

Enquanto se encaminhava para o palácio encontrou o jovem Hermes, que conhecia suas aventuras e lhe contou dos perigos de Circe. Não sendo capaz de convencer Ulisses, Hermes deu-lhe o broto de uma planta chamada Moli, dotada do poder de resistir às bruxarias e ensinou-lhe o que deveria fazer.

Quando Ulisses chegou ao palácio foi recebido por Circe com muita cortesia, que lhe serviu vinho e comida. Mas quando ela o tocou com a varinha para transformá-lo em porco, Ulisses tirou sua espada e investiu furioso contra a deusa, que implorou clemência. Ulisses exigiu que ela libertasse seus companheiros e ela retirou o encantamento. Os homens readquiriram suas formas e Circe prometeu um banquete para toda tripulação.

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Tratados magnificamente durante vários dias, Ulisses esqueceu de retornar à Ítaca, e se resignou àquela vida inglória de ócio e prazer. Por alguns anos, Ulisses permaneceu com Circe aprendendo com ela as magias do encantamento. Por fim seus companheiros apelaram para seus sentimentos mais nobres, e ele resolveu partir.

Circe recomendou aos marinheiros tapar os ouvidos com cera para passar sãos e salvos pela costa da Ilha das Sereias. As sereias eram ninfas marinhas que tinham o poder de enfeitiçar com seu canto, fazendo-os atirar-se ao mar e encontrar a morte. A Ulisses, Circe aconselhou a amarrar a si mesmo no mastro dando instruções a seus homens para não libertá-lo, fosse o que fosse que ele dissesse ou fizesse, até terem passado pela Ilha das Sereias.

As sereias eram ninfas marinhas que tinham o poder de enfeitiçar com seu canto todos quantos as ouvissem, de modo que os infortunados marinheiros sentiam-se irresistivelmente impelidos a se atirar ao mar onde encontravam a morte.

No poema "Endimião", do poeta Keats, podemos ter uma idéia do que se passava no pensamento dos homens que eram transformados em animais pela feiticeira Circe. Esses versos abaixo teriam sido ditos por um monarca que tinha sido transformado em elefante pela Deusa:

"Não lamento a coroa que perdi,
A falange que outrora comandei
E a esposa, ou viúva, que deixei.
Não lamento, saudoso, minha vida.
Filhos e filhas, na mansão querida,
Tudo isso esqueci, as alegrias
Terrenas olvidei dos velhos dias.
Outro desejo vem, muito mais forte.
Só aspiro, só peço a própria morte.
Livrai-me desse corpo abominável.
Libertai-me da vida miserável.
Piedade Circe! Morrer e tão-somente!
Sede, deusa gentil, sede clemente"!

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O arquétipo de Circe é, antes de tudo, a figura de uma mulher independente, consciente de seus desejos e sua feminilidade. Circe representa o amor, a paixão irracional e um poder incrível. Ela nos traz à luz da nossa força interior, que não só representa a sexualidade, mas também os tesouros do inconsciente.

Circe nos diz que:

Depois da dor, vem o saber
Do saber, surge o crescimento
O crescimento nos leva a transformação
Da transformação emana o poder.

Circe representa a mente inconsciente capaz de metamorfosear e seu poder de criar encantamentos destrutivos. É a inteligência dos desejos que retém o homem à sua natureza inferior - animal. Graças a Hermes, símbolo da transmutação, Ulisses se inicia na arte da magia sem se deixar escravizar por ela.

Dos dois caminhos da magia: a negra - egoísta e a branca - que liberta o homem da condição animalesca, Ulisses escolhe permitir que seus companheiros reencontrem a sua condição de homens, continuando sua rota, agora esclarecido sobre qual o caminho a seguir.

A intenção de Ulisses era retornar à Ítaca e sem perder tempo nesse mundo transitório, ele continua a sua rota. Evitando o canto das sereias e fazendo-se amarrar ao mastro do barco, Ulisses se abstém da armadilha que representa as vozes do desejo que despertam no homem a ambição do poder. Ulisses, amarrado por sua vontade, irá resistir às forças da paixão e dos desejos. O herói da Odisseia representa a inteligência unida à vontade do Eu superior, que faz calar as vozes melosas da ilusão.

Selma = 3fasesdalua

O CHAMADO DAS DEUSAS NEGRA

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Quase tudo na vida depende de uma coisa muito simples: saber escolher... Não há felicidade onde não há seleção. Cartas das Bruxas

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A Lua míngua até desaparecer na escuridão da noite, durante os três dias que antecedem a entrada da Lua Nova a Lua não aparece no céu, este período é dedicado á Deusa Negra, então quando uma alma responde espontaneamente ao chamado da Deusa Mãe, chamamos isso de "Senda Divina" e dentro da Bruxaria Tradicional entendemos que as Deusas Negras são deidades que se conectam com as luas escuras (nova, minguante) e possuem diversos atributos. São senhoras da morte e da ressurreição, dos oráculos, e são utilizadas geralmente para trabalhar a nossa sombra. Da mesma forma que a Deusa Tríplice, as Deusas Negras são um aspecto dessa Deusa, e também tem uma Carga ou Chamado.

As deusas negras não são seres malévolos, elas apenas têm um trabalho a fazer no Submundo. Diferente do Inferno dos cristãos, o Submundo não é um lugar de danação e sofrimento eternos, é um lugar para onde os mortos vão a fim de confrontarem o seu lado negro.

Assim como a Donzela, a Mãe e a Anciã regem etapas do eterno ciclo da vida do nascimento (plantio), amadurecimento (florescimento e frutificação) e do inevitável declínio, a Deusa Negra encerra o ciclo e representa à decomposição e a morte, este é o aspecto menos compreendido da Grande Mãe é o mais temido.

Como Ceifadora, ela é a destruidora de tudo o que esgotou o seu tempo, de tudo o que cumpriu a sua finalidade e não serve mais. É ela quem limpa a terra após a colheita para o repouso necessário à germinação de novas sementes. O seu poder é o da Lua Negra, dos mistérios ocultos na escuridão, do vazio e do silêncio que antecedem o surgimento da luz, o raiar do dia e o começo dum novo ciclo. Ela ensina que sem morte não há renascimento, sem fim não pode haver um novo começo, sem dissolução do velho não há a renovação.

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Como mestra da escuridão, ela orienta e conduz ao encontro da “sombra”, o aspecto perturbador e renegado do próprio ser. Se pedir a sua ajuda e tiver a coragem de mergulhar nas profundezas do seu mundo interior para descobrir, encarar, reconhecer e aceitar a sua sombra encontrará a sua autêntica identidade, livre das máscaras da personalidade. Confrontar, contemplar e assimilar o poder da sombra representa a verdadeira iniciação nos mistérios da Deusa Escura e da Lua Negra, iniciação que exige, como preço, mudanças, transformações e novos rumos.


“Abraçar a sombra" significa aceitar-se assim como você realmente é - mescla de dor e alegria, medo e coragem, conquistas e perdas, sucessos e fracassos, acertos e erros, luz e sombra. Somente assim encontrará o seu verdadeiro e completo poder de mulher e a integração da sua totalidade.
São manifestações da Deusa Negra: Hécate, Kali, Baba Yaga, Lilith, Cailleach, Morrigan, Hel, Ran, Sekhmet, Ereshkigal, Coatlicue.

Outro aspecto que foge da costumeira manifestação da Deusa Tríplice, relacionada com a Lua Crescente, Cheia e Minguante, é a Rainha, conhecida como a Imperatriz e as rainhas dos naipes do Tarô.
Esta face da Deusa corresponde à fase da Lua Balsâmica, entre a Lua Minguante e a Negra. Ela rege a maturidade, entre os 40 e os 50 ou mais anos, da mulher que ultrapassou ou negou a fase da maternidade, que está no auge e plenitude da sua expressão, afirmação e realização, mas que ainda não atingiu a sabedoria da Anciã.

Nesta fase, chamada de pré-climatério, ocorrem mudanças no corpo físico, à mente torna-se inquieta, os pensamentos são voláteis e tumultuosos, a percepção é aguda, a sensibilidade exacerbada, as emoções em conflito. É um período de inquietação e aparentes contradições, de mudanças de gostos e atitudes, de busca de “algo” vago ou indefinido no campo espiritual, profissional ou afetivo. Surgem temores em relação ao futuro, o medo do desconhecido, a preocupação com o envelhecimento, ainda mais numa sociedade que enaltece o valor e o viço da juventude.

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Dependerá da mulher passar por esta fase com dor ou com a alegria de quem já venceu batalhas, cumpriu deveres, plantou e colheu e está a aproximar-se dum tempo de paz e realização interior, com a segurança da experiência e as promessas de futura sabedoria. Abençoar esta fase, rever o passado e transmutar os resíduos com o auxílio da Deusa Negra, agradecer à Donzela e a Mãe pela plantação e a colheita, são medidas recomendáveis que abrissem as portas para a Grande Mudança, quando o seu sangue não mais for vertido, mas retido no seu ventre, e quando o tempo assinalar a sua coroação – agora já não como Rainha, mas como uma Sábia Mulher Coroada, herdeira das Matriarcas e das Mães de Clã do passado ancestral.


O Chamado 

Eu sou as trevas por trás e por baixo das sombras.
Eu sou a ausência de ar que espera no início de cada respiração.
Eu sou o fim antes que a vida recomece a deterioração que fertiliza o que vive.
Eu sou o poço sem fundo, o esforço sem fim para reivindicar o que é negado.
Eu sou a chave que destranca todas as portas.
Eu sou a glória da descoberta, pois eu sou o que está escondido, segregado e proibido.
Venha a mim na Lua Negra e veja o que não pode ser visto, encare o terror que é só seu.
Nade até mim através dos mais negros oceanos, até o centro de seus maiores medos. Eu e o Deus das trevas o manteremos em segurança.
Grite para nós em terror e seu será o poder de suportar o insuportável.
Pense em mim quando sentir prazer e eu o intensificarei. Até o dia em que eu terei o maior prazer de encontrá-lo na encruzilhada entre os mundos.
Sabedoria e a capacidade de dar poderes são os meus presentes.
Ouça-me, criança, e conheça-me por quem eu sou. Eu tenho estado com você desde o seu nascimento e ficarei com você até que você retorne a mim no crepúsculo final.
Eu sou a amante apaixonada e sedutora que inspira o poeta a sonhar.
Eu sou aquela que te chama ao fim de sua jornada. Quando o dia se vai, minhas crianças encontram seu descanso abençoado em meus braços.
Eu sou o útero do qual todas as coisas nascem.
Eu sou o sombrio, silencioso túmulo; todas as coisas devem vir a mim e suportar a morte e o renascer para o todo.
Eu sou a Bruxa que não será governada, a tecelã do tempo, a professora dos mistérios.
Eu corto as linhas que trazem minhas crianças até mim. Eu corto as gargantas dos cruéis e bebo o sangue daqueles sem coração. Engula seu medo e venha até mim, e você descobrirá a verdadeira beleza, força e coragem.
Eu sou a fúria que dilacera a carne da injustiça.
Eu sou a forja incandescente que transforma seus demônios internos em ferramentas de poder. Abra-se a meu abraço e domínio.
Eu sou a espada resplandecente que te protege do mal.
Eu sou o cadinho no qual todos os seus aspectos se misturam em um arco-íris de união.
Eu sou as profundezas aveludadas do céu noturno, as brumas rodopiantes da meia-noite, coberta de mistério.
Eu sou a crisálida na qual você irá encarar o que te apavora e da qual você irá florescer vibrante e renovada.
Procure por mim nas encruzilhadas e você será transformada, pois uma vez que você olhe para meu rosto não existe volta.
Eu sou o fogo que beija as algemas e as leva embora.
Eu sou o caldeirão no qual todos os opostos crescem para se conhecer de verdade.
Eu sou a teia que conecta todas as coisas.
Eu sou a curadora de todas as feridas, a guerreira que corrige todos os erros há seu tempo.
Eu faço o fraco forte. Eu faço humilde o arrogante. Eu ergo o oprimido e dou poderes ao desprivilegiado. Eu sou a justiça temperada com compaixão.
Eu sou você, eu sou parte de você, estou dentro de você.
Me procure dentro e fora e você será forte. Conheça-me, aventure-se nas trevas para que você possa acordar com equilíbrio, iluminação e plenitude.
Leve meu amor consigo a toda parte e encontre o poder interior para ser quem você quiser.

Selma - 3fasesdalua


HÉCATE E SUAS FACES NA BRUXARIA

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Em A.C, o mundo era politeísta (adorava várias divindades). Os Celtas adoravam a Deusa, que podia mudar sua forma constantemente aparecendo tanto como uma, como se dividindo em três aspectos diferentes também… cada povo interpretava a Deusa de uma forma, com nomes e aspectos diferentes, mas da mesma divindade…

Deusa da magia, bruxaria, da noite, especialmente das noites sem lua, senhora dos fantasmas e da necromancia, protetora das crianças e dos cães, Hecate é uma deusa de grande poder. Os seus pais, Perses o destruidor e Asteria a estrelada, são titãs, no entanto durante a guerra entre estes e os Deuses ela viria a juntar-se aos últimos sendo uma grande mais-valia.


Hécate é o arquétipo mais incompreendido da mitologia grega. Ela é uma Deusa Tríplice Lunar vinculada com o aspecto sombrio do disco lunar, ou seja, o lado inconsciente do feminino. E, representa ainda, o lado feminino ligado ao destino. Seu domínio se dá em três dimensões: no Céu, na Terra e no Submundo. Hécate é, portanto, uma Deusa lunar por excelência e sua presença é sentida nas três fases lunares.

A Lua Nova pressupõe a face oculta de Hécate, a Lua Cheia vai sendo aos poucos sombreada pelo seu lado escuro, revelando o aspecto negativo da Mãe. E a Lua Minguante revela seu aspecto luminoso. É preciso morrer para renascer.

Esta Deusa ainda permanece com o estigma de ser uma figura do mal. Essa percepção foi particularmente consolidada na psique ocidental durante o período medieval, quando a igreja organizada projetou este arquétipo em simplórias pessoas pagãs do campo que seguiam seus antigos costumes e habilidades populares ligados a fertilidade. Estes indivíduos eram considerados malévolos adoradores do “demônio”. Hécate era então, aDeusa das bruxas, Padroeira do aspecto virago, mas nos é impossível termos uma imagem clara do que realmente acontecia devido às projeções distorcidas, aos medos íntimos e inseguranças espirituais destes sacerdotes e confessores cristãos.


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Em épocas primevas, antes do patriarcado ter se estabelecido, é mais fácil descobrir a essência interior do arquétipo Hécate e relacionar-se com ele. Hécate está vinculada com as trevas e com o lado escuro do Lua. A Lua, na verdade, não possui luz própria. A luz que se projeta na Lua é a luz solar. Logo, a Lua Cheia é a Lua vista pela luz do Sol. A Lua Nova Negra é, portanto, a verdadeira face da Lua.

Hécate costuma ser considerada uma Deusa lunar tríplice: Àrtemis, a virgem, personificava a Lua Crescente que renascia; Hécate personifica a escura Lua Nova e Selene, ou Deméter, eram a Lua Cheia. Ou, como as forças da Lua em vários reinos: Selene no Céu, Ártemis na Terra e Hécate no Mundo Inferior.


Sófocles retrata a Ártemis a imagem e semelhança de Hécate, quando a denomina a “flecheira dos cervos, a que porta uma tocha em cada mão”. Em Áulide havia duas estátuas de pedra de Ártemis, uma com arco e flecha e outra com tochas. Parece como se a Deusa originária da lua contivesse o aspecto escuro e luminoso em uma só unidade.
Hécate seria uma projeção de Ártemis, pois a luz pressupõe a sombra. O lado visível da Lua, o lado de Ártemis, que reflete a vida em pleno vigor, pressupõe o lado de Hécate, o lado oculto da lua, o lado da sombra e da morte; a polaridade negativa, o impedimento para a realização, o lado inconsciente.

O perigo que pode ocorrer quando esse lado sombrio se constela é o de que a energia psíquica seja posta a serviço da morte e da doença.


Hécate, Rainha da Noite, como a chama a poetisa Safo, leva uma diadema brilhante e duas tochas ardentes nas mãos, olhos resplandecentes da escuridão. Talvez se trate de uma imagem da intuição que presente à forma das coisas, mas que todavia, é invisível. Isso explicaria por que, junto com Hermes, deus da imaginação, é guardiã das cruzes dos caminhos, onde não se sabe qual é a direção “correta”. Seus companheiros eram os cães, animais que seguem uma rastro “cegamente”. Nos lembra o chacal Anubis do submundo egípcio, que podia distinguir o bom do mal, e o Cérbero, o cão de três cabeças que guardava as portas do submundo da antiga Grécia.


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Hécate nos revela, os caminhos mais escondidos e secretos do inconsciente, os sonhos guardados, o lado dos desejos mais ocultos. A Lua Crescente, com suas fases clara e escura, também nos sugere esse domínio do feminino.
O lado de Hécate ainda, traz um potencial para a fertilização, desde que seja encaminhado para este fim. A doença pode ser uma via para a saúde e a morte para servir de adubo para a vida.


O feminino tem um movimento livre dentro do reino oculto. O terreno da magia pertence ao feminino. O masculino está ligado aos aspectos mais claros, mais visíveis, mais objetivos. O campo de ação da ciência pertence ao reino masculino.

Hécate é a Deusa que pode conduzir aos caminhos mais difíceis e perigosos, aos abismos e às encruzilhadas da própria psique. A sua função é de guia dentro do reino oculto da alma.


A Terra é o grande inconsciente uterino de onde brota toda a semente. É também o lugar para onde tudo retornará. Nesse inconsciente crônico a vida e a morte coexistem em um mesmo processo cíclico. Deste modo, o “ser” e o “não ser” podem viver sem conflito.


Hécate é uma antiga Deusa de estrato pré-grego de mitos. Os gregos tiveram dificuldade em enquadrá-la em seu esquema de Deuses, mas terminaram por vê-la como filha dos titãs Perseus e Astéria, Noite Estrelada, que era irmã de Leto, que por sua vez, era mãe deÁrtemis e Apolo. A avó de Hécate era Febe, uma anciã titã que personificava a Lua. Dizia-se que Hécate seria uma reaparição de Febe, e portanto uma Deusa Lunar, que se manifestava na lua escura.



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Outras tradições tomaram-na por uma Deusa mais primal, fazendo dela irmã de Erebo e deNix (a Noite).
Zeus deu-lhe um lugar especial entre os Deuses, porque, embora ela não fosse membro do grupo olímpico, permitiu-lhe o domínio sobre o Céu, a Terra e o Mundo Inferior. Ela é, pois, a doadora da riqueza e de todas as bênçãos da vida cotidiana.


Na esfera humana, cabia-lhe presidir os três grandes mistérios do nascimento, da vida e da morte. Seu nome significa “a distante, a remota”, sendo ela vista como protetora dos lugares remotos, guardiã das estradas e dos caminhos.

Seu aspecto tríplice tornava-a especialmente presente nas encruzilhadas, ou seja, na convergência de três caminhos. Nesses locais, os gregos podiam encontrar-se com facilidade com Hécate, razão por que os consideravam sagrados, erigindo aí com freqüência estátuas tricéfalas chamadas Hecatéias. Também deixavam oferendas do seu alimento ritual, o “almoço de Hécate”, nessas encruzilhadas durante seus festivais especiais.


Os três símbolos sagrados de Hécate são:

– a Chave, por ser ela carcereira do Mundo Inferior;

– o Chicote, que revela o seu lado punitivo e seu papel de condutora das almas;

– e o Punhal, símbolo de seu poder espiritual, que mais tarde tornou-se o Athame das bruxas.

Todos os animais selvagens eram consagrados à Hécate e por isso, foi mostrada muitas vezes com três cabeças de animais: o cão, a serpente e o leão, ou alternadamente, o cão, o cavalo e o urso. Seus animais mais conhecidos são entretanto, o cão e o lobo.

O cipreste era a árvore sagrada da Deusa.
Na mitologia grega, Hécate, como representação da Lua Escura, aparece sempre acompanhada por cães que ladram. Como Deusa Tríplice, podia aparecer na representação de um cão com três cabeças (cão da lua), para lembrar de que em eras passadas ela própria era o cão da lua. Sua qualidade trina é representada também em estátuas posteriores, onde aparece como mulher tripla. 


Freqüentemente carregava consigo o cão que ela própria havia sido, ou uma tocha, emblema lunar, que é seu poder defertilidade e seu dom especial.


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No Submundo, ou Mundo Inferior, Hécate é a carcereira e condutora das almas, a Pritânia, a “Rainha Invisível” dos Mortos. Tendo passado por Cérbero, o cão tricéfalo, e tendo sido julgadas pelos três Juízes dos Mortos (Minos, Radamando e Éaco), as almas devem chegar às encruzilhadas tríplices do Inferno. Nesse ponto, Hécate envia ao reino para o qual foram julgadas adequadas, para as campinas do Asfódelo, para o Tártaro ou para os Campos Elíseos.


Como aspecto de Deusa Amazona, a carruagem de Hécate era puxada por dragões. As mulheres que a cultuavam normalmente tingiam as palmas das mãos e as solas dos pés com hena.

Seus festivais aconteciam durante a noite, à luz de tochas. Anualmente, na ilha de Aeginano Golfo Sarônico, acontecia um misterioso festival em sua honra.
Hécate está associada a cura, profecias, visões, magia, Lua Nova, magia negra, encantamentos, vingança, livrar-se do mal, riqueza, vitória, sabedoria, transformação, purificação, escolhas, renovação e regeneração.


HÉCATE: PADROEIRA DAS BRUXAS
A Deusa Hécate, segundo algumas versões, recebeu o título de “Rainha dos Fantasmas” e “Deusa das Feiticeiras”. Para protegerem-se, os gregos colocavam estátuas da Deusa na entrada das cidades e nas portas das casas.

Medéia, que era uma de suas sacerdotisas, praticava bruxaria para manipular com destreza ervas mágicas e venenos, e ainda, para poder deter o curso dos rios e comprovar as trajetórias das estrelas e da lua.
Como Deusa Feiticeira tinha cães fantasmas como servos fiéis ao seu lado.


Há um grande números de bruxas que, ainda hoje, são devotas de Hécate, pois se sentem atraídas pelos aspectos escuros da Deusa.


Hécate, como Anciã e Deusa da Lua Escura, compreende o “poder do silêncio”. Muitas viagens espirituais incluem um período de muita meditação e silêncio. É essencial praticarmos o silêncio em nossos rituais e meditações, pois só o silêncio abre as portas da consciência universal.

Foi a Deusa Hécate que introduziu o alho como amuleto de proteção contra inimigos, roubo,mau tempo e enfermidades. Todos os anos, a meia-noite do dia 13 de Agosto (Noite do Festival de Hécate), deve-se depositar cabeças de alho em encruzilhadas como oferenda de sacrifício em nome de Hécate.



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HÉCATE HOJE
Hoje podemos nos relacionar com Hécate como uma figura guardiã do nosso inconsciente, que tem nas mãos a chave dos reinos sombrios que há dentro de nós e que traz as tochas para iluminar nosso caminho para as profundezas de nosso interior.

Nossa civilização patriarcal talvez tenha nos ensinado a temer esta figura, mas se confiarmos em suas energias antigas, encontraremos nela uma gentil guardiã.

Ela está presente em todas as encruzilhadas que existem em todos os níveis do nosso ser, manifestando-se como espírito, alma e corpo. Devemos reconhecer que a imagem terrível, tenebrosa e horrenda de Hécate é um mero registro do medo inconsciente do feminino que os homens, imersos em um patriarcado unilateral, projetaram ao longo de milênios nesse arquétipo.

Temos que encarar nossa Hécate interior, estabelecermos uma relação com ela e, confiando na sua assistência, permitir a nós mesmos o desenvolvimento de uma percepção desse rico reino do nosso Mundo Inferior Pessoal. Somente por meio dessa atitude poderemos nos tornar seres integrados, capazes de lidar com as polaridades sem projetar de imediato dualismos.

Ao passar por uma encruzilhada, você irá se deparar com Hécate e ela dirá que nossas vidas são feitas de escolhas. Não existem escolhas certas ou erradas, mas sim, somente escolhas. Independente do que escolher, a experiência, por si só, já é algo valioso. Hécate insiste para que não tenhamos medo do desconhecido. Os desafios apresentados precisam de um salto de fé da pessoa que faz a escolha. Confie que será capaz de fazer uma escolha quando chegar a hora. Conceda-se tempo e espaço, nunca se censure ou se culpe, apenas faça sua escolha.


Hécate nos ensina a sermos justos e tolerantes com aqueles que são diferentes e com aqueles que tem menos sorte, mas ela não é demasiadamente vulnerável, pois Hecate dispensa justiça cega e de forma igual. Apesar de seu nome significar "a distante", Hécate está presente nos momentos de necessidade. Quando liberamos o passado e o que nos é familiar, Hécate nos ajuda a encontrar um novo caminho através de novos começos, apesar da confusão das ideias, da flutuação dos nossos humores e às incertezas quando enfrentamos as inevitáveis mudanças de vida. 

A poderosa deusa possuía todos aspectos e qualidades femininos, tendo sob seu controle as forças secretas da natureza. Considerada a patrona das sacerdotisas, deusa das feiticeiras e senhora das encruzilhadas, Hécate transita pelos três reinos, a todos conhece mas nenhum domina. Os três reinos são posses de figuras masculinas, mas ela está além da posse ou do ego, ela é a sábia, a anciã. A senhora do visível e do invisível, aguarda na encruzilhada e observa: o passado, o presente e o futuro. Ela não se precipita, aguarda o tempo que for preciso até uma direção ser tomada. Ela não escolhe a direção, nós escolhemos. Ela oferece apenas a sua sabedoria e profunda visão, acima das ilusões.

Selma - 3fasesdalua


DEUSAS , DEUSES E MITOLOGIA CELTAS

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Mitologia Céltica
De modo geral, o termo celta aplica-se aos povos que viveram na Grã-Bretanha e na Europa Ocidental entre 2000 a.C. e 400 d.C.. Eram civilizações da Idade do Ferro, habitantes sobretudo de pequenas aldeias lideradas por chefes guerreiros. Os celtas da Europa continental não deixaram registo escrito, mas conhecemos seus deuses através dos conquistadores romanos, que estabeleceram elos entre muitas dessas divindades e seus próprios deuses. Por exemplo, o deus do trovão Taranis era o equivalente do Júpiter romano, e várias outras divindades locais eram equiparadas a Marte, Mercúrio e Apolo. Os povos do País de Gales e da Irlanda também deixaram uma mitologia muito rica e muitas de suas lendas foram escritas durante a Idade Média. A Mitologia Celta pode ser dividida em três subgrupos principais de crenças relacionadas.

Goidélica - irlandesa e escocesa
Britânica Insular - galesa e da Cornuália
Britânica Continental - Europa continental

É importante manter em mente que a cultura celta (e suas religiões) não são tão contiguas ou homogêneas quanto foram a cultura romana ou grega por exemplo. Nossos conhecimentos atuais determinam que cada tribo ao longo da vasta área de influência céltica tinha suas próprias divindades. Dos mais de trezentos deuses celtas, poucos efetivamente eram adorados em comum.


Principais Deuses Celtas

Dagda
Danu
Belenus
Lug

Outros Deuses

Os celtas adoravam um grande número de deuses dos quais sabemos pouco mais que os nomes. Entre eles deusas da natureza como Tailtiu e Macha, e Epona, deusa dos cavalos. Figuras masculinas incluiam deuses associados a uma enorme variedade de coisas, como Goibiniu, o fabricante de cerveja. Havia também Tan Hill, a divindade do Fogo.

Cernunnos (também chamado de Slough Feg, ou na forma latinizada Cornífero) é comprovadamente um dos mitos mais antigos mas do qual pouquíssimo se sabe. O escritor romano Lucano fez várias menções a deuses celtas como Taranis, Teutates e Esus que, curiosamente, não parecem ter sido amplamente adorados ou relevantes.

Vários deuses eram formas variantes de outros. A deusa galo-romana Epona parece ser uma variante da deusa Rhiannon, adorada em Gales, ou ainda Macha, adorada na região do Ulster. Povos politeístas raramente se importam em manter seus panteões da forma organizada em que os pesquisadores gostariam de encontrar.

Templos

Frequentemente se diz que os povos celtas não construíam templos, adorando seus deuses apenas em altares em bosques. A arqueologia já provou que isto está incorreto, e várias estruturas de templos já foram encontradas em regiões célticas. Depois das conquistas de Roma sobre partes das regiões celtas, um tipo distinto de templo celto-romano se desenvolveu.

Ritos Celtas

Os primeiros celtas não construíam templos para a adoração de seus deuses, mas mantinham altares em bosques de (Nemeton) dedicados a serem locais de adoração. Algumas árvores eram consideradas elas próprias sagradas. A importância das árvores na religião celta pode ser mostrada pelo fato que o nome da tribo dos Eburônios contém uma referência a yew tree, e nomes como Mac Cuillin (filho de acebo), e Mac Ibar (filho de yew) aparecem nos mitos irlandeses. Apenas durante o período de influência romana os celtas começaram a construir templos, um hábito que foi passado as tribos germânicas que os suplantaram.

Escritores romanos insistiam que o sacrifício humano era praticado pelos celtas em larga escala e há indícios dessa possibilidade vindos de achados na Irlanda, no entanto a maior parte da informação sobre isso veio de rumores de "segunda mão" que chegavam a Roma. São muito poucas as descobertas arqueológicas que substanciam o processo de sacrifício e assim os historiadores modernos consideram que os sacrifícios humanos eram um acontecimento extremamente raro nas culturas Celtas.

Mas havia também, no entanto, um culto guerreiro centrado nas cabeças cortadas de seus inimigos. Os celtas muniam seus mortos de armas e outros pertences, o que indica que acreditavam na vida após a morte. Depois do funeral, eles também cortavam a cabeça do morto e esmagavam seu crânio para evitar que seu espírito permanecesse preso.

Nenhuma menção aos cultos celtas pode deixar de descrever os druidas. Esses sacerdotes representam simplesmente a classe mais ou menos hereditária de xamãs, característica de todas as sociedades indo-européias antigas. Em outras palavras, eles são o equivalente a casta brâmane indiana ou aos magi persas, e como estes um especialista nas práticas de magia, sacrifício e augurio. Eles eram conhecidos por ser particularmente associados a carvalhos e trufas; essas últimas talvez usadas na confecção de medicamentos ou alucinógenos. Outra figura importante na manutenção das lendas célticas era o bardo; aquele que, através de suas músicas, difundia os feitos de bravura dos heróis do passado. Desse ponto de vista a cultura celta não foi uma cultura histórica - do ponto de vista que não teve história escrita (ainda que os celtas possuíssem formas rudimentares de escrita, baseadas em traços verticais e horizontais). Suas histórias eram transmitidas oralmente, e os bardos eram particularmente bons nisso já que, uma vez que suas histórias eram musicadas, tornava-se fácil lembrar das palavras exatas que a compunham. Além disso, eles podem ter sido considerados uma espécie de profetas. Os historiadores Estrabo descreveu-os como "vates", palavra que significa inspirado, estasiado. É bem possível que a sociedade céltica tivesse, além da religião taumatúrgica e ritualística dos druídas, um elemento de comunicação estásica com o Além.

Resquícios Modernos

Os modos e as crenças celtas tiveram um grande impacto na atualidade das regiões em que se encontravam. Conhecimentos sobre a religião pré-cristã ainda são comuns nas regiões que foram habitadas pelos celtas, apesar de agora estarem diminuindo. Adicionalmente, muitos santos não-oficiais são adorados na Escócia, como Saint Brid na Escócia (Brigid, na Irlanda), uma adaptação cristã da deusa de mesmo nome. Vários ritos envolvendo peregrinações a vales e poços considerados sagrados aos quais creditam propriedades curativas têm origem celta.

Os Deuses

Dagda

O deus supremo do panteão celta parece ser Dagda (mas em certas regiões e épocas sua consorte Danu parece ocupar essa posição). O Dagda é uma figura paternal, protetor da tribo e o deus "básico" do qual outros deuses masculinos seriam apenas variantes. Deuses célticos são entidades não muito específicas e talvez devam ser vistos mais como preferências de cada clã do que como um panteão formal. De certa forma todos são semelhantes ao deus grego Apolo que era um deus ligado a várias áreas.

Contos irlandeses descrevem Dagda como uma figura de força imensa, armado de uma clava e associado a um caldeirão (o Caldeirão de Sangue, que continha diversas propriedades mágicas).

Danu

Consorte de Dagda, o mais poderoso dos deuses celtas, Danu é a deusa da terra, da vida e da morte. É descrita como tendo três "faces" ou aspectos: Morrígan (Gralha da Guerra), Blodeuwedd (Dama das Flores, simbolizando a vida) e Brighid (A Mãe, simbolo da fertilidade). Danu é uma entidade tão relevante que o "grupo" de deuses tidos como mais poderosos são comumente designados como "Tuatha Dé Danann" - o povo de Danu. Seu nome aparece em muitos lugares conhecidos. Como o famoso rio Danúbio.

Belenus

Bel/Belenus/Belenos/Belimawr

Belanus, também conhecido como Bellenos ou Bellenus, é o Deus Celta do Sol.

No dia 1 de maio (hemisfério norte) e 31 de outubro (hemisfério sul), é comemorado Beltane, ou Fogo de Bellenos, festival em homenagem a Bellenos.

Seu nome significa "brilhante", sendo o Deus do Sol e do Fogo dos irlandeses. Belenos dá seu nome ao festival de Beltane, ou Beltain, festa de purificação e fertilidade comemorada em 1º de maio no hemisfério norte. Belenos era ainda ligado à ciência, cura, fontes térmicas, fogo, sucesso, prosperidade, colheita e à vegetação. Era um dos principais deuses da mitologia celta, mas era uma divindade mais regional, adorada principalmente no norte da Itália e na costa mediterrânea da Gália. Foi um deus associado a agricultura.

Lug

Lug (ou Lugh) foi um dos mais populares e difundidos deuses celtas. Várias cidades receberam o nome em sua homenagem. Ele é descrito em vários mitos celtas como um acréscimo tardio a lista de deuses, o último a integrar os Tuatha Dé Danann, após realizar várias proezas para ser considerado merecedor. Ele é sempre descrito como um homem jovem, armado de uma lança de arremesso. Realizavam em sua homenagem um festival chamado lughnasadh.

Deusas Celtas

Abnoba: Deusa da Floresta negra (Forêt-Noire, Schwarzwald).

Aine: Aine é uma deusa primária da Irlanda, soberana da terra e do sol, associada ao Sostício de Verão, que sobreviveu na forma de uma Fada Rainha. Seu nome significa: prazer, alegria, esplendor. Ela é irmã gêmea de Grian, a Rainha dos Elfos e era também considerada um dos aspectos da Deusa Mãe dos celtas Ana, Anu, Danu ou Don. Juntas Grian e Aine, alternavam-se como Deusas do Sol Crescente e Minguante da Roda do Ano, trocando de lugar a cada solstício.

Os pagãos acreditam que na entrada do Solstício de Verão, todos os Povos pequenos vêm a Terra em grande quantidade, pois é um período de equilíbrio entre Luz e Trevas. Se estiver em paz com eles, acredita-se que, ao ficar de pé no centro de um anel-das-fadas é possível vê-los. É um período excelente para fazer amizade com as fadas e outros seres do gênero.

Rainha dos reinos encantados e mulher do Lado, ela é a Deusa do amor, da fertilidade e do desejo. É filha de Dannann, e esposa e algumas vezes filha de Manannan Mac Liir, e mãe de Earl Gerald. Como feiticeira poderosa, seus símbolos mágicos são "A égua vermelha", plantações férteis, o gado e o ganso selvagem.

Existem duas colinas, perto de Lough Gur, consagradas à Deusa, onde ainda hoje ocorrem ritos em honra a fada Aine. Uma, a três milhas a sudoeste, é chamada Knockaine, em homenagem a esta deusa. Nessa colina possui uma pedra que dá inspiração poética a seus devotos meritórios e a loucura à aqueles que são por Ela rejeitados.

Esta é uma Deusa-Fada que segundo a tradição celta ajudava os viajantes perdidos nos bosques irlandeses. Diziam que para chamá-la bastava bater três vezes no tronco de uma árvore com flores brancas. Sempre que se sentir "perdido", faça o mesmo, chame por Aine batendo três vezes no tronco de uma árvore de flores brancas. Ela não vai tardar em ajudar.

Andrasta: Deusa guerreira. Aparece com a rainha Budica. Tinha um esposo de que foi identificado com Marte (deus da guerra) romano.

Arduina: Deusa de Ardennes. Foi identificada pelos romanos como Diana, a Ártemis grega.

Arianrhod: Ela é a guardiã da "roda de prata" que circunda as estrelas, considerada símbolo do tempo e do carma. É igualmente deusa da reencarnação, da Lua Cheia dos namorados e a Grande mãe Frutuosa.

Arianrhod :aparece no Mabinogion, uma coleção de relatos escritos entre o século XI e XIII d.C., como filha do deus Don e mãe dos gêmeos Lleu Llow Gyffes e Dylan.

Esta deusa é a figura primal de poder e autoridade feminina, considerada a Deusa dos Ancestrais Celtas. Vive em um reino estelar, Caer Arianrhod, na constelação Corona Borealis, com suas sacerdotisas e de lá decide o destino dos mortos, carregando-os para a Lua ou para a sua constelação.

É também uma deusa da fertilidade e de tudo que é eterno. O espírito de Arianrhod é símbolo de profecia e sonhos. Ela controla a dimensão do tempo. O viajante que a seguir deve estar com o coração e a mente aberta para seus ensinamentos. Convide-a para ajudar-lhe com dificuldades passadas e para contatar o povo das estrelas.

Na Tradição Avalônica ela corresponde ao elemento Fogo e seu chakra correspondente é o cardíaco. Já na tradição celta esta deusa apresenta três aspectos: donzela, mãe e crone, representando os três estágios da vida de uma mulher.

A Arianrhod é atribuído os poderes da coruja, que através de seus olhos vê o subconsciente da alma humana. A coruja é um pássaro nocturno que simboliza a morte, renovação, sabedoria, a magia da lua e as iniciações.

Armid:Airmid é a Deusa da Cura dos celtas. É filha de Daincecht, avô de Lugh, e possuía quatro irmãos: Miach, Cian, Cethe e Cu.

Lugh foi o guerreiro que tinha uma lança mágica que disparava fogo e rugia e libertou o rei Nuada e os Tuatha Dé Danann das mãos dos Formori, os demônios da noite que tinham um só olho. Nuada perdeu sua mão direita durante um combate e, para que pudesse continuar a ser rei, ele precisava estar inteiro, então, o médico Dianchecht construiu uma maravilhosa prótese de prata, o que rendeu a Nuada o apelido de "Mão de Prata".

A estória da Deusa Airmid inicia-se quando faz uma visita ao castelo do rei Nuada.

Conta-se que os portões do castelo do rei Nuada era guardado por um homem que não tinha um dos olhos e trazia escondido em sua capa um gato. Quando Airmid e seu irmão Miach, em visita ao castelo, apresentaram-se como curandeiros, o tal homem pediu-lhes para reconstituir o olho perdido. Os deusemédicos concordaram e transplantaram o olho do gato para o espaço do olho vazio do porteiro. Entretanto, não tinham como mudar as características do olho do animal. Sendo assim, a noite ele ficava aberto em busca de caça e durante o dia fechava-se exausto. Mas o porteiro ficou muito feliz por ter novamente os dois olhos.

Banba, Eriu e Fodla:Trio de deusas filhas de Fiachna que personificam o Espírito da Irlanda.

Blodeuwedd: Seu nome foi traduzido como "flor branca", sendo representada, muitas vezes, com um lírio branco nas cerimônias de iniciação celtas de Gales. Criada por Math e Gwydion, o Druida, para ser esposa de Lleu, foi transformada em coruja por causa do seu adultério e da conspiração para a morte do marido. Aspecto virginal da Deusa Tríplice dos galeses, Blodeuwed tinha por símbolo uma coruja. Seu domínio é o das flores, sabedoria, mistérios lunares e iniciações.

Boann:Deusa da água e da fertilidade, seu animal sagrado é a vaca branca.

Branwen: Irmã de Bran e esposa do rei irlandês Matholwch. Vênus dos Mares do Norte, filha de Llyr, uma das três matriarcas da Grã-Bretanha. Branwen é chamada Dama do Lago, sendo a deusa do amor e da beleza no panteão galês.

Brigit: Irmã do deus Oengus, o Cupido irlandês, divindade do amor. Brigit é uma deusa tríplice, a menos que haja três irmãs com o mesmo nome. É venerada pelos poetas, ferreiros e pelos médicos. Enquanto deusa das estações do ano, seu culto se celebrava no
primeiro dia de fevereiro, dia do Imbolc, a grande festa de purificação.

Cerridwen / Ceridwen / Caridwen: Deusa da Lua do panteão galês, sendo chamada de Grande Mãe e A Senhora. Deusa da natureza, Cerridwen era esposa do gigante Tegid e mãe de uma linda donzela, Creirwy, e de um feio rapaz, Avagdu. Os bardos galeses chamavam a si mesmos de Cerddorion, filhos de Cerridwen. Há uma lenda que diz que o grande bardo Taliesin, druida da corte do rei Arthur, nascera de Cerridwen e se tornara grande mago após tomar algumas gotas de uma poderosa poção de inspiração que Cerridwen preparava no seu caldeirão. Cerridwen é ainda a deusa da Morte, da fertilidade, da regeneração, da inspiração, magia, astrologia, ervas, poesia, encantamentos e conhecimento.

Cliodna: Deusa da beleza e do Outro mundo, mais tarde se tornou uma Rainha-fada.

Cuchulainn: As aventuras de Cuchulainn (diz-se Cu-hu-lim) constituem a epopéia principal do ciclo heróico de Ulster. Ao nascer, chamava-se Setanta; era filho de Dechtiré, irmã do rei Conchobar, casada com Sualtan, o profeta. Seu pais verdadeiro, porém, era o deus Lug, mito solar dos Tuatha Dê Danann. Foi criado entre os demais filhos dos vassalos e guerreiros do rei. Com sete anos matou o terrível cão de guarda de Culann, chefe dos ferreiros de Ulster; vem daí o nome Cuchulainn, "Cão de Culann". O menino possuia uma força incrível e, quando dominado pela ira, lançava calor intenso e suas feições transformavam-se, pavorosamente. Algum tempo depois de matar o cão, massacrou três guerreiros mágicos gigantes, que tinham desafiado os nobres do Ramo Vermelho (uma milícia ou ordem primitiva de cavaleria de Usler, provavelmente). Depois, mandam-no para Scâthach, a Rainha das Trevas, epônima da ilha Skye, onde conclui sua educação. A feiticeira ensina a ele a arte da magia. Antes de voltar para casa, decide matar uma inimiga de sua professora, a amazona Aiffé, uma mortal. Não só a derrota mas deixa-a grávida. Volta, assim, para Ulster, munido de armas prodigiosas. Pouco tempo passado, se apaixona por Emer (diz-se Avair), filha de Forgall Manach, mágico poderoso. Este não permite o relacionamento; Cuchulainn, então, rapta-a, depois de ter matado toda a guarnição e o pai da moça. Neste período é que as grandes batalhas e aventuras tomam lugar.

Dama Branca:Conhecida em todos os países celtas, era identificada como Macha, Rainha dos Mortos, a forma idosa da Deusa. Simbolizava a morte e a destruição. Algumas lendas chamam-na de Banshee, aquela que traz a morte.

Dana: Segundo uma lenda, Dana nasceu em uma Clã de Dançarinos que viviam ao longo do rio Alu. Seu nome foi escolhido por sua avó, Kaila, Sacerdotisa do Clã. Foi ela que sonhou com uma barca carregando seu povo por mares e rios até chegarem em uma ilha, onde deveria construir um Templo, para que a paz e a abundância fossem asseguradas. Ao despertar, Danu relatou seu sonho ao conselho e a grande viagem começou então a ser planejada.

Também conhecida como Danu, é a maior Deusa Mãe da mitologia celta. Seu nome "Dan", significa conhecimento, tendo sido preservada na mitologia galesa como a deusa Don, enquanto que outras fontes equipararam-na à deusa Anu. Na Ibéria, a divindade suprema do panteão celta é considerada a senhora da luz e do fogo. Era ela que garantia a segurança maetrial, a proteção e a justiça. Dana ou Danu também é conhecida por outros nomes: Almha, Becuma, Birog, ou Buan-ann, de acordo com o lugar de seu culto.

O "Anuário da Grande Mãe" de Mirella Faur, nos apresenta o dia 31 de março como o dia de celebrar esta deusa da prosperidade e abundância. Conta ainda, que os celtas neste dia, acreditavam que dava muito azar emprestar ou pegar dinheiro emprestado, por prejudicar os influxos da prosperidade. Uma antiga, mas eficaz simpatia, mandava congelar uma moeda, fazendo um encantamento para proteger os ganhos e evitar os gastos.

Os descendentes da Dana e seu consorte Bilé (Beli) eram conhecidos como os "Tuatha Dé Dannan" (povo da Deusa Dana), uma variação nórdica de Diana, que era adorada em bosques de carvalhos sagrados.O nome "Dana"é derivado da Palavra Céltica Dannuia ou Dannia. É significativo que o rio Danúbio leve seu nome, pois foi no Vale do Danúbio, que a civilização Celta se desenvolveu. A ligação Celta com o vale do rio Danúbio também é expressa em seu nome original. "Os filhos de Danu", ou "Os filhos de Don".

Dana é irmã de Math e seu filho é Gwydion. Sua filha é Arianrhod, que tem dois filhos, Dylan e Llew. Os dois outros filhos de Dana são Gobannon e Nudd.

É certo que Dana deveria ser considerada a Mãe dos Deuses, depois de ter lhes dado seu nome. Há várias interpretações do seu nome, sendo que uma delas é "Terra Molhada" e o mais poética, "Água do Céu".

Danu é uma das Dea Matronae da Irlanda e a Deusa da fertilidade. Seu símbolo mágico é um bastão.

Seu personagem foi cristianizado na figura de Santa Ana, mãe da Virgem Maria, pois sua existência é proveniente de uma antiga divindade indo-européia. Também é conhecida na Índia, como o nome de "Ana Purna" e em Roma toma o nome de "Anna Perenna".

Druantia: Na mitologia britânica, Druantia era a deusa druida do nascimento, sabedoria, morte e metempsicose. É a mãe do alfabeto das árvores irlandês.

Épona: "A Cavaleira" ou "A Amazona". É representada sempre a cavalo, sentada de lado, como as amazonas do século passado; na cabeça tras um diadema; ao seu lado vê-se uma jumenta ou um poldro, que, às vezes, é alimetado pela deusa. Seus atributos eram a cornucópia, uma pátera e frutos. Presidia, também, à fecundidade do solo, fertilizado pelas águas.

Elaine: Na mitologia celta, Elaine (Lily-Maid) era a deusa virgem da beleza e da lua.

Eriu / Erin: Filha do Dagda, Erin era uma das três rainhas dos Tuatha de Dannan da Irlanda.

Flidais: Deusa da floresta, dos bosques e criaturas selvagens do povo irlandês. Viajava numa carruagem puxada por veados e tinha a capacidade de mudar de forma.

Mm: Na mitologia celta, Mm era a deusa do pensamento dos povos independentes do Norte.

Morgana: Morgana representa na lenda arturiana, a figura de uma Deusa Tríplice da morte, da ressureição e do nascimento, incorporando uma jovem e bela donzela, uma vigorosa mãe criadora ou uma bruxa portadora da morte. Sua comunidade consta de um total de nove sacerdotisas (Gliten, Tyrone, Mazoe, Glitonea, Cliten, Thitis, Thetis, Moronoe e Morgana) que, nos tempos romanos, habitavam uma ilha diante das costas da Bretanha. Falam também das nove donzelas que, no submundo galês, vigiam o caldeirão que Artur procura, como pressagiando a procura do Santo Graal. Morgana faz seu debut literário no poema de Godofredo de Monntouth intitulado "Vita Merlini", como feiticeira benigna. Mas sob a pressão religiosa, os autores a convertem em uma irmã bastarda do rei, ambígua, freqüentemente maliciosa, tutelada por Merlim, perturbadora e fonte de problemas.

Nenhum personagem feminino foi tão confusamente descrito e distorcido como Morgana ou Morgan Le Fay. A tradição cristã a apresenta como uma bruxa perversa que seduz seu irmão mais novo, Artur, e dele concebe o filho. Entretanto, nesta época, em outras tribos celtas, como em muitas outras culturas, o sangue real não se misturava e era muito comum casarem irmãos, sem que isso acarretasse o estigma do incesto.

Morgana e Artur tiveram um filho fruto de um Matrimônio Sagrado entre a Deusa (Morgana encarna como Sacerdotisa) e o futuro rei.

O "Matrimônio Sagrado" era um ritual, no qual a vida sexual da mulher era dedicada à própria Deusa através de um ato de prostituição executado no templo. Essas práticas parecem, sob o ponto de vista da nossa experiência puritana, meramente licenciosas. Mas não podemos ignorar que elas faziam parte de uma religião, ou seja, eram um meio de adaptação ao reino interior ou espiritual. Práticas religiosas são baseadas em uma necessidade psicológica. A necessidade interior ou espiritual era aqui projectada no mundo concreto e encontrada através de um ato simbólico Se os rituais de prostituição sagrada fossem examinados sob essa luz, torna-se evidente que todas as mulheres devessem, uma vez na vida, dar-se não a um homem em particular, mas à Deusa, a seu próprio instinto, ao princípio Eros que nela existia. Para a mulher, o significado da experiência devia residir na sua submissão ao instinto, não importando que forma a experiência lhe acontecesse.

Morrigan: Morrigan era a deusa celta da guerra e da morte.

Rhiannon: Grande rainha dos galeses, Rhiannon era a protectora dos cavalos e das aves. Rege os encantamentos, a fertilidade e o submundo. Aparece sempre montando um veloz cavalo branco.

Rosmerta: Na mitologia celta gaulesa, deusa do fogo, calor, prosperidade e abundância.

Scathach / Scota / Scatha / Scath: Seu nome traduzia-se como A Sombra, Aquela que combate o medo. Deusa do submundo, Scath era a deusa da escuridão, aspecto destruidor da Senhora. Mulher guerreira e profetisa que viveu em Albion, na Escócia, e que ensinava artes marciais para os guerreiros que tinham coragem suficiente para treinar com ela, pois era tida como dura e impiedosa. Não foi à toa que o adestramento do herói Cu Chulainn foi levado a cabo por ela mesma, considerada a maior guerreira de toda a Irlanda. Scath era ainda a patrona dos ferreiros, das curas, magia, profecia e artes marciais.

Sulis: Na mitologia celta, deusa de profecia, inspiração, sabedoria e morte.


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ALGUNS SÍMBOLOS IMPORTATES NA BRUXARIA

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Para começarmos a falar sobre esse assunto, vamos começar falando sobre o que são os símbolos. Os símbolos são desenhos que representam algum tipo de linguagem ou significado que estão associados a algo.

Muitos símbolos estão associados às práticas Pagãs de Bruxaria, uma das práticas mais antigas da humanidade. Esses símbolos mágicos são utilizados em rituais de magia, a fim de auxiliarem na emanação de energia; diversos símbolos associados às Bruxas são também utilizados como amuletos e alguns estão associados a deuses.

Esses símbolos mágicos são utilizados em rituais de magia, a fim de auxiliarem na emanação de energia; diversos símbolos associados às bruxas são também utilizados como amuletos e alguns estão associados a Deuses. Utilizam-se diversos símbolos com os mais variados significados para exercer em suas práticas conexões com forças, imagens, ideias e energias específicas.


Durante os séculos, os povos têm desenvolvido símbolos que permitem uma maior interação entre eles e entre todos os seres e coisas que os rodeiam. Foram os tipos de linguagens não verbais que ajudaram as pessoas de linguagens diferentes a se comunicar uma com a outra.
Os símbolos são elementos de representação visíveis que substituem e indicam coisas, ideias, pessoas, quantidades, qualidades e espaços não visíveis naquele momento, ou seja, visíveis de forma subjetiva ao contato com o símbolo.

A variedade de símbolos é infinita, já que eles podem ser criados pelo praticante para atender a determinada necessidade evocatória de suas práticas, em virtude disso, nós colocaremos a disposição de vocês os símbolos mais comuns das religiosidades e povos conhecidos, dando suas descrições específicas e relatando significados possíveis de acordo com a simbologia religiosa pagã.

O uso dos símbolos tem ligação direta com os instrumentos, eles servem para focalizar o pensamento, as intenções e o direcionamento energético através da evocação de um significado específico para cada momento. Conhece los é imprescindível para quem deseja praticar satisfatoriamente qualquer tipo de magia e Bruxaria.

Lua Tripla

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A Lua Tripla é mais conhecida pelo nome de Triluna, na cultura celta, a Triluna ou Lua Tríplice representa a unidade das três fases da lua: Crescente, Cheia e Minguante, todas associadas ao ciclo da vida.

Ela representa a Deusa Tripla que é dividida em Donzela, Mãe e Anciã. Na Etimologia podemos chamar de Tri; Três Luna ou Três Lua.

O desenho é uma Lua Crescente ligada a uma Lua Cheia e a uma Lua Minguante, lado a lado.

Este símbolo começou a ser utilizado com o surgimento da Bruxaria e das correntes Nova Era e neopagãs, não possui relatos muito significativos entre povos antigos. Os antigos povos que adoravam Deusas Lunares comumente desenhavam círculos ou semicírculos(meia luas) como alusão a Lua, mas não exatamente a forma como a Triluna.

Nas Tradições (Neo)Pagãs é um símbolo próprio da religião Bruxaria e atualmente é muito usado pelas correntes neopagãs para simbolizar a polaridade feminina, tida como Grande Mãe, e seus aspectos de transformação em relação à Lua.

Lua Crescente= Virgem/Donzela 

Lua Cheia= Mãe 

Lua Negra ou Minguante= Anciã 

A Donzela representa: 

* Encantamento 

* Criação 

* Expansão 

* A promessa de novos começos 

* Nascimento 

* Juventude 

* Entusiasmo Juvenil 

A Mãe representa: 

* Maturação 

* Fertilidade 

* Sexualidade 

* Respeito 

* Estabilidade 

* Poder 

* Vida 

A Anciã representa: 

* Sabedoria 

* Repouso 

* Morte 

* Terminações 

A Triluna serve como símbolo da Deusa e como um evocador de bênçãos da mesma. Também é muito utilizado em tatuagens por meio dos adeptos do Neopaganismo e da Bruxaria, nos rituais de Esbbath por exemplo, é comum que as Sacerdotisas coloquem arcos com este símbolo na cabeça, para que ele fique posicionando na testa delas representando assim o poder feminino da Deusa Tripla que as preenche. 

Não existe o uso da Triluna por parte das Igrejas ou grupos cristãos, apenas no oriente é possível perceber alguns símbolos parecidos que são usados em festivais, mas nada específico.

Este símbolo também é usada no Dianismo e no Neo-Druidismo, baseada nos escritos de Robert Graves, retratando as três faces da Deusa como citado anteriormente no começo da descrição deste símbolo.


Triplo Círculo


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Também chamada de Triskle Celta, o triplo círculo está associado à natureza e aos quatro elementos sendo utilizado como talismã. Além disso, esse símbolo femininoé usado nos rituais para evocar a Deusa Tripla (Virgem, Mãe e Velha) que simboliza a mente, o corpo e o espírito.

Lembrete: Não confunda a Deusa Tripla(Virgem, Mãe e Velha) do Triplo Círculo com a Deusa Tripla(Donzela, Mãe e Anciã) da Triluna. Este tipo de símbolo também é comum encontrar entre os Druidas que seguem a religião antiga.



Pentáculo

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Símbolo mágico, utilizado em muitos rituais de bruxaria, o heptagrama (Estrela de Sete Pontas) representa:

· A harmonia do cosmos

· As sete cores do Arco-Íris

· As sete zonas planetárias

Partilhando em grande parte a sua simbologia com o número cabalístico sete. 


Pentagrama

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A estrela de cinco pontas é um dos símbolos mais importantes e antigos presentes em muitos rituais de magia de modo que simboliza a união do cosmos, dos quatro elementos(ar,água,fogo e terra) e do espírito.Muitos povos a utilizavam como amuleto da sorte.

Desde os primórdios da humanidade, o ser humano sempre se sentiu envolto por forças superiores e trocas energéticas que nem sempre soube identificar. Sujeito a perigos e riscos, teve a necessidade de captar forças benéficas para se proteger de seus inimigos e das vibrações maléficas. Foi uma grande busca de imagens, objetos e criaram símbolos para poder entrar em sintonia com energias superiores e ir ao encontro de alguma forma de proteção.

Dentre estes inúmeros símbolos criados pelo homem, se destaca o pentagrama, que evoca uma simbologia múltipla, sempre fundamentada no número 5, que exprime a união dos desiguais. As cinco pontas do Pentagrama põem de acordo, numa união fecunda, o 3, que significa o princípio masculino, e o 2, que corresponde ao princípio feminino. Ele simboliza o andrógino. O Pentagrama sempre esteve associado com o mistério e a magia.

Na Europa Ocidental era conhecida como Pé de Druida e Pé de Feiticeiro, em outras épocas ficou conhecido como Cruz dos Goblins. O Pentagrama representa: 

O próprio corpo
Os 4 membros
Cabeça
Representação Primordial dos 5 sentidos interiores e exteriores
5 estágios da vida do homem

No nascimento ele representa: O Início de tudo

Na infância ele representa: Momento em que o indivíduo cria as suas próprias bases

Na maturidade ele representa: Fase da comunhão com as outras pessoas

Na velhice ele representa: fase de reflexão e maior sabedoria

Na morte ele representa: Tempo do término para um novo início

Ele é a forma mais simples de estrela, que deve ser traçada com uma única linha, sendo consequentemente chamado de Laço Infinito. A potência e associações do pentagrama evoluíram ao longo da história. Hoje é um símbolo onipresente entre neopagãos, com muita profundidade mágica e grande significado simbólico.

Um de seus mais antigos usos se encontra na Mesopotâmia, onde a figura do pentagrama aparecia em inscrições reais e simbolizava o poder imperial que se estendia aos quatro cantos do mundo. Entre os Hebreus, o símbolo foi designado como a Verdade, para os cinco livros do Pentateuco (cinco livros do Velho Testamento, atribuídos a Moisés). Às vezes é incorretamente chamado de Selo de Salomão, sendo entretanto usado em paralelo com o Hexagrama.

Na Grécia Antiga, era conhecido como Pentalpha, geometricamente composto de cinco A´s Pitágoras, filósofo e matemático grego, grande místico e moralista, iniciado nos grandes mistérios, percorreu o mundo nas suas viagens e, em decorrência, se encontram possíveis explicações para a presença do Pentagrama, no Egito, na Caldéia e nas terras ao redor da Índia.

A geometria do Pentagrama e seus associações metafísicas foram exploradas pelos pitagóricos, que o consideravam um emblema de perfeição. A geometria do Pentagrama ficou conhecida como A Proporção Dourada, que ao longo da arte pós-helênica, pôde ser observada nos projetos de alguns templos.

Para os agnósticos, era o Pentagrama chamado de Estrela Ardente e, como a Lua Crescente, um símbolo relacionado à magia e aos mistérios do céu noturno. Para os druidas, era um símbolo divino e, no Egito, era o símbolo do útero da terra,guardando uma relação simbólica com o conceito da forma da pirâmide. Os celtas pagãos atribuíam o símbolo do Pentagrama à Deusa Morrigan.

Os primeiros cristãos relacionavam o Pentagrama às cinco chagas de Cristo e, desde então, até os tempos medievais era um símbolo cristão. Antes da Inquisição não havia nenhuma associação maligna ao Pentagrama; pelo contrário, era a representação da verdade implícita, do misticismo religioso e do trabalho do Criador.

O Imperador Constantino I depois de ganhar a ajuda da Igreja Cristã na posse militar e religiosa do Império Romano em 312 d.C., usou o Pentagrama junto com o símbolo de chi-rho (uma forma simbólica da cruz) como seu selo e amuleto. Tanto na celebração anual da Epifânia, que comemora a visita dos três Reis Magos ao menino Jesus, assim como também a missão da Igreja de levar a verdade aos gentios, tiveram como símbolo o pentagrama, embora em tempos mais recentes este símbolo tenha sido mudado, como reação ao uso neopagão do Pentagrama.

Em tempos medievais, o Laço Infinito era o símbolo da verdade e da proteção contra demônios. Era usado como um Amuleto de proteção pessoal e guardião de portas e janelas. Os Templários, uma ordem militar de monges formada durante as Cruzadas, ganharam grande riqueza e proeminência através das doações de todos aqueles que se juntavam à ordem, e amealhou também grandes tesouros trazidos da Terra Santa.

Na localização do centro da Ordem dos Templários, ao redor de Rennes du Chatres, na França, é notável observar um Pentagrama Natural, quase perfeito, formado pelas montanhas que medem vários quilômetros ao redor do centro.

Há grande evidência da criação de outros alinhamentos geométricos exatos de Pentagramas como também de um Hexagrama, centrados nesse Pentagrama Natural, na localização de numerosas capelas e santuários nesse área. Está claro, no que sobrou das construções dos Templários, que os Arquitetos e Pedreiros associados à poderosa ordem conheciam muito bem a geometria de Pentagrama e a Proporção Dourada, incorporando aquele misticismo aos seus projetos.

Entretanto, a Ordem dos Templários foi inteiramente dizimada, vítimas da avareza da Igreja e de Luiz IX, religioso fanático da França, em 1.303. Iniciaram-se os tempos negros da Inquisição, das torturas e falsos-testemunhos, de purgar e queimar, esparramando-se como a repetição em Câmara-Lenta da Peste Negra, por toda a Europa.

Durante o longo período da Inquisição, havia a promulgação de muitas mentiras e acusações em decorrência dos interesses da ortodoxia e eliminação de heresias. A Igreja mergulhou por um longo período no mesmo diabolismo ao qual buscou se opor. O Pentagrama foi visto como simbolizando a cabeça de um Bode ou o Diabo, na forma de Baphomet. E era Baphomet quem a Inquisição acusou os Templários de adorar. Também, por esse tempo, envenenar como meio de assassinato entrou em evidência. Ervas potentes e drogas trazidas do leste para as Cruzadas, entraram na farmácia dos curandeiros, dos Sábios e das Bruxas.

Curas, mortes e mistérios desviaram a atenção dos dominicanos da Inquisição, dos hereges cristãos, para as bruxas pagãs e para os sábios, que tinham o autoconhecimento e o poder do uso dessas drogas e venenos.

Durante a purgação das Bruxas, outro Deus Cornudo, como Pan, chegou a ser comparado como Diabo(um conceito cristão) e o Pentagrama(popular símbolo de segurança)foi associado pela primeira vez na história, algo ligado ao mal e chamado de Pé da Bruxa.

O Pentagrama é o símbolo da Bruxaria. A maioria dos bruxos usam o Pentagrama para representar a sua fé e se reconhecerem. O Pentagrama é tão importante para as Bruxas, assim como a cruz é importante para um cristão, ou como o selo de Salomão é importante para um judeu. 

O Pentagrama representa o homem dentro de um círculo, o mais alto círculo da comunhão total com os Deuses. É o mais alto símbolo da Arte, pois mostra o homem reverenciando a Deusa, já que a estilização de uma estrela(homem) assentada no Círculo da Lua Cheia(Deusa). Cada uma das pontas possui um significado particular: 

ESPÍRITO: Representa os criadores, a Deusa e o Deus, pois eles guiam a nossa vida e nos ajudam na realização dos ritos e trabalhos mágicos. O Deus e a Deusa são detentores dos 4 elementos e estes elementos são as 4 outras pontas 


TERRA: Representa as forças telúricas e os poderes dos elementais da terra. Os Gnomos. É a ponta que simboliza os mistérios, o lado invisível da vida, a força da fertilidade e do crescimento. 


AR: Representa as forças aéreas e os poderes dos Silfos. Corresponde à inteligência, ao poder do saber, a força da comunicação e da criatividade. 


FOGO: Representa a energia, a vontade e o poder das Salamandras. Corresponde às mudanças, às transformações. É a força da ativação e da agilidade. 


ÁGUA: Representa as forças aquáticas e os poderes das Ondinas. Está ligada às emoções, ao entardecer, ao inconsciente. Corresponde às forças da mobilidade e adaptabilidade. Portanto, o Bruxo que detém conhecimento sobre os elementos usa o Pentagrama como símbolo de domínio e poder sobre os mesmos. 

Pentáculo

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Os pentáculos são um dos símbolos mais antigos da humanidade, e tem sido utilizado por muitas culturas como talismã de proteção. E embora tenha muita confusão com o pentagrama, não é o mesmo. O pentagrama é a estrela de cinco pontas; enquanto que o pentáculo será essa mesma estrela, mas encerrada em um círculo. Não obstante, une todos os aspectos do homem: o corpo com a mente e o espiritual com o profano.

Cada ponta do pentáculo representa uma energia determinada. As primeiras constituem os quatro elementos que coincidem com os pontos cardinais: Norte Terra; Sul Fogo; Este Ar; Oeste Agua.

Assim mesmo, a figura central do pentáculo se lhe ha dado semelhança com a forma do homem. De esta maneira, a ponta superior personifica o espírito: o imortal, inquebrantável, o eterno e a conexão espiritual com a terra; a ponta esquerda superior está representada pelo elemento Ar e engloba o pensamento, inteligência, e o braço direito do ser humano; a ponta direita superior é dominada pelo elemento Água; é o ciclo da vida que começa e termina, onde está imersa a alegria, a tristeza e a cólera; além significa a perna direita do ser humano.



Cernunnos ou Cerunos

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Cernunnos, ou Herne, o Caçador, é o deus céltico da fertilidade, da natureza, protetor das matas e dos animais, representante do sagrado masculino e das forças de ordem na Bruxaria. Costuma ser representado com chifres de cervo, cabelos compridos e barba, nu ou coberto de folhas, ou ainda com roupas naturais, feitas a partir de peles de animais. É o líder da floresta, dos animais selvagens e da vida livre, também sendo relacionado à caça e aos bardos.

Como tem uma ligação muito forte com o sagrado masculino, a vida selvagem e os instintos, Cernunnos pode vir a ser representado completamente nu, por vezes com ereções, e isto não deve ser visto como algo promíscuo, e sim uma representação da fertilidade e do poder masculino, que se manifesta através do desejo sexual, não apenas na coragem e na força. Cernuno ou Cernunnos,um dos deuses celtas mais antigos, deus das florestas e dos animais, esse símbolo, um círculo com chifres, na Bruxaria, representa a força do poder masculino, o ciclo da natureza, a morte e o renascimento, sendo reverenciado em diversos rituais.
Sua representação com chifres pode ser interpretada por não-pagãos como culto ao diabo cristão, mas sabe-se que na Bruxaria no geral, não existe esta crença em entidades cristãs, sejam elas boas ou más. Assim, essa ideia além de completamente infundada, tem raízes no preconceito e na difusão da tentativa de descreditar o culto aos deuses pagãos.

Cernunnos representa o sol, a luz, a coragem e a força física, os instintos, os animais e plantas selvagens, as florestas, as necessidades intrínsecas de nossa natureza mais profunda. Os desejos sexuais, então, são muito ligados a este deus. É considerado que Cernunnos possui a face de Deus Cornífero, Senhor das Matas e Senhor das Sombras em si, sendo assim uma deidade tríplice e completa. Ele pode ter relação com a música e com o druidismo, sendo assim representado com flautas ou instrumentos musicais como os de druidas.


Na face Senhor das Matas, Cernunnos é conhecido como Herne, o Caçador, e abençoa a caça desde que não seja desnecessária, assim como protege os animais e as plantas cultivadas pelo homem. Ele costuma manter os chifres, pois estes são símbolos de força, e de poder - o tamanho dos chifres costuma demonstrar autoridade no reino animal, seja entre touros ou cervos.

Embora não muito cultuado nesta face, Cernunnos pode possuir características de Senhor das Sombras, como guardião dos portões para o submundo e a morte, ainda mantendo em si os ideais de renascimento é preciso a morte para que haja vida.

É relacionado também com as colheitas, sendo similar e comparado ao Deus do Mito da Roda do Ano, que ao partir ao submundo abençoa as plantações e os animais para que haja fartura mesmo em sua ausência. 

Quando o Deus morre no Samhain, toda a natureza morre com ele, demonstrando então que Cernunnos, quando relacionado ao Deus, possui muitas características em comum, podendo ser cultuado como a mais forte representação do sagrado masculino.

O Deus na Bruxaria pode ser muito assimilado com Cernunnos, por suas características e também pelo que Cernunnos representa. Assim, geralmente as imagens que tratam do Deus e da Deusa, costumam manter um Deus com chifres, nu e/ou adornado com folhas, por vezes com patas de cervo e cabelos longos, barba comprida e aparência mais selvagem.


Deusa Mãe

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Símbolo do poder feminino, na Bruxaria, a Deusa Mãe ou Mãe Terra é a geradora de todas as coisas e possui o Deus Chifrudo. Cerunos, como seu consorte sendo reverenciada em diversos rituais de Bruxaria. 

A Deusa Mãe é a face criadora, que dá a vida e prossegue as coisas iniciadas. É uma face protetora, que ama incondicionalmente e é ligada à fertilidade. Essa face é representada pela Lua Cheia, e é a própria natureza em seus aspectos. Ela se volta para a nutrição, para as colheitas, fertilidade e justiça. A Deusa Mãe era cultuada desde o neolítico e o paleolítico, onde encontramos estátuas da Vênus de Willendorf, por exemplo.

O Esbath para a Deusa Mãe é relacionado à prosperidade e à fertilidade em todos os sentidos. Ela protege e ama, mas também pune, caso assim seja necessário. É representada grávida, ou com o Deus criança em seus braços. Ainda assim, é jovem, forte, e bela. Sua sexualidade é exuberante.

Os rituais favorecidos pela Deusa Mãe são os de proteção, para trazer-lhe direções e sentidos, para decisões e escolhas, intuição, continuidade em aspectos da vida, bem como força para finalizar assuntos ou situações. A Deusa Mãe é protetora e é quem dá a vida, quem continua o ciclo, mas é firme com seus filhos, sabendo guiá-los com sabedoria. Ela nos auxilia com conflitos familiares e protege as casas de desavenças, bem como abençoa os relacionamentos amorosos e traz a eles prosperidade.

Os animais relacionados à Deusa Mãe são os gatos, leões, lobos, animais poderosos e que tem aspecto maternal e protetor. Suas cores são mais fortes que a da Donzela, como o verde, o azul, o roxo, e o vermelho. Ervas para proteção são usadas para cultuá-la. Deusas com a face Mãe predominante: Danu, Brigit, Gaia, Ísis, Bast, Freya, Lakshmi, Tiamat, Inanna, Deméter.


Cruz ansata ou Ankh

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Esse símbolo é uma cruz cuja ponta possui uma forma ovalada, tal qual uma alça, fechada na parte superior vertical. A despeito de ser um símbolo originalmente sagrado egípcio, a cruz andata ou ankh na Bruxaria, considerado um tipo de Bruxaria moderna, inspirada na Tradição Celta, é utilizado como amuleto. E simboliza: 

Proteção 
Fertilidade 
Reencarnação 
Imortalidade 
Vida 
Iniciação 
Poder Criativo 

Restauração Em outras Tradições de Bruxaria, as Bruxas utilizam da cruz ansata, símbolo a saúde e a fertilidade, nos rituais de feitiçaria. Na alquimia e no ocultismo, esse símbolo representa a transformação e o caminho da vida.

É um milenar símbolo egípcio, usado por Faraós, Sacerdotes e nobres dos mais diferentes lugares. Era usado em: sarcófagos, paredes, roupas, instrumentos e adornos. Tornou-se um símbolo muito utilizado e conhecido a partir da década de 70 com a criação dos movimentos da Nova Era(em inglês: New Age) e passou a ser usado nos mais diferentes lugares do Mundo.

Na Alquimia e no Ocultismo é um símbolo muito usado para representar o processo de caminhada do adepto até a iniciação. O caminho é marcado pelo equilíbrio e pela transformação obtida através da morte, onde o adepto é lapidado e retorna com uma nova vida. É um símbolo usado em ordens como a Maçonaria e a Rosa Cruz.

Nas Tradições (Neo)Pagãs, todos aqueles que seguem o panteão egípcio trabalham com o Ankh. As linhas na horizontal e vertical(Círculo/Útero e Cruz/Falo) representam a energia feminina e masculina, que são diretamente relacionadas a Ísis e Osíris, os principais Deuses Egípcios. Desta conexão têm-se a ideia de fertilidade e poder criativos atribuído nas cheias do Nilo.

Além disso, é possível interpretar o arco do topo da Ankh como sendo o movimento do Deus Sol Hórus(abaixo vou falar sobre o símbolo do olho de Hórus), filho de Ísis e Osíris. Dessa trindade surge o significado voltado à restauração, vida, criação, fertilidade e reencarnação.

Na Bruxaria é encarado como um símbolo da imortalidade e do fortalecimento gerado pela conexão com o divino.
Em comparação entre todos citados, é um símbolo muito utilizado principalmente pelos movimentos cristãos Gnósticos, sendo encarado como símbolo da ressurreição de Cristo. Dentro de outras correntes cristãs, principalmente as que estão ligadas às Igrejas Católicas, o símbolo não é muito visto, devido a sua direta ligação com as deidades pagãs.

No Brasil, o símbolo foi utilizado como emblema da Sociedade Alternativa criada por Rail Seixas e Paulo Coelho, e a partir de então se tornou muito conhecido por pessoas que tinham contato com esses personagens da música e da literatura brasileira.

Acima eu demonstrei os símbolos que são mais utilizados em rituais e formas de proteção como amuleto. Agora vou mostrar outros símbolos que também são utilizados, mas não são muito frequentes.

Olho de Hórus

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É um olho humano com detalhes em linhas no formato egípcio. E ele representa:

Proteção 
Ampliação da Visão 
Restauração 
Força 

O símbolo foi muito utilizado no antigo Egito, mas com o tempo ela foi sendo perdida e não mais conhecida. De acordo com a mitologia egípcia, esse símbolo foi usado pelo Deus Solar Hóruspara substituir o olho esquerdo que ele havia perdido numa Lua contra o seu tio, O Deus Seth. 

O Udyat (nome em árabe) era utilizado pelos faraós tanto em seus objetos pessoais como no contorno dos olhos para que recebessem o poder deste símbolo. Na alquimia e no ocultismo é muito utilizado por ordens Maçônicas e R+C´s, também por vários grupos herméticos, gnósticos e esotéricos. O Simbolismo está ligado ao poder como olho que tudo vê, da capacidade de enxergar além das máscaras e dessa forma ganhar a grande proteção. É também um símbolo relacionado à vitória contra os traiçoeiros.


Nas Tradições (Neo)pagãs tem como função primordial favorecer a evolução do terceiro olho, sendo utilizado em amuletos, livros e objetos ritualísticos como símbolo de proteção, de elevação da sensibilidade energética e acima de tudo como um emblema daqueles que possuem dons relacionados a Visão.

Na Bruxaria é muito usado pelos grupos que seguem o panteão egípcio, e entre os outros também possui uma incidência significativa. É usado como amuleto protetor e como um recarregador de forças, dando poder, maior visão e restauração/cura ao seu usuário.

Em comparação com as outras religiões, não é utilizado em nenhuma religião monoteísta conhecida, mas normalmente é citado por cristãos como um símbolo demoníaco por ser relacionado a um Deus Pagão.

Existem dois tipos de Olho de hórus, o esquerdo e o direito; o esquerdo simboliza a Lua, o feminino e a capacidade de enxergar o desconhecido, sombrio e espiritual.

E o direito; simboliza o Sol, masculino e a capacidade de enxergar além do conhecido comum, ver detalhes com clareza, enxergar o físico e mental, tal como ele é.


YIN E YANG


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É o símbolo que representa o equilíbrio das energias universais. 


Yin= Feminino (o lado escuro/preto) 
Yang= Masculino (o lado claro/branco) 

Um círculo com duas metades onduladas e proporcionais, com mais dois círculos menores e opostas a cor dentro de cada uma. 

É um símbolo milenar da cultura chinesa que se tornou muito popular no ocidente com a chegada dos gibis e desenhos animados de cunho oriental. 

Na Alquimia e no Ocultismo o símbolo de equilíbrio descreve tudo que está no Universo, o Universo que possui uma parte do outro dentro de si, constituindo diversas polaridades dentro de um só ser, onde é a diversidade que gera o equilíbrio. 

Nas Tradições (Neo)Pagãs é normalmente utilizado em Mandalas, espelhos e pendurando em portas e paredes. A sua interpretação segue o mesmo padrão, o símbolo de equilíbrio lido como: Todo mal possui um bem, todo o bem possui um mal. 

Todas as pessoas e coisas são duais, possuem luz e sombras, pólos masculino e feminino, medo e coragem, dentre outros, mas tudo diferente e contrário do outro. 

Na Bruxaria pode simbolizar também fertilidade e criação, onde a união dos opostos(Sacerdotisa e Sacerdote) permite que um absorva uma parte do poder do outro, ou seja, a Sacerdotisa absorve um pouco do poder do Deus ao ser fertilizado pela Sacerdotisa. 

Lembrete: Não estamos citando, necessariamente, o Grande Rito real. Neste caso, o simbólico e qualquer união energética entre o Sacerdote e a Sacerdotisa devem ser levados em conta em relação à simbologia do Yin e Yang. Este símbolo não é muito comum na Wicca, apenas é interpretado desta forma por alguns que o utilizam. 

Não é utilizado e nem sincretizado por religiões monoteístas. 

Origem: A origem do nome Yin e Yang começou a partir da interpretação de um chinês chamado Ching,diz ter percebido que todas as energias possuem uma dualidade de forças. É largamente utilizado na arte do Feng Shui para harmonizar os ambientes. Basicamente o um não vive sem o outro, não existe somente o Yin ou somente a Yang, ambos estão sempre juntos. 

Ainda não entendeu? Então imagine que você foi gerado a partir de algo, você pode até ter sido adotado ou ter sido algo de laboratório, mas se você pensar bem, a vida não surge se não existir um homem(princípio masculino) e uma mulher(princípio feminino). Nós não nascemos dentro da mão de um Deus ou de uma Deusa, no início pode até ter sido assim, mas agora não é mais. Um não vive sem o outro, não existe uma coisa só sem a outra parte, os dois juntos que formam o um só, que no caso da existência de um ser é formado pelos princípios masculino e feminino.


Estrela de Davi


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É um antigo e poderoso símbolo mágico. O símbolo consiste em um Hexagrama de dois triângulos entrelaçados e cada um opostos para um lado(um voltado para cima e o outro para baixo). 

O selo de Salomão simboliza a alma humana, sendo utilizada por Bruxas e magos cerimoniais para encantamentos, conjuração de espíritos, sabedoria, purificação e reforço dos poderes psíquicos. 

A ponta para baixo representa a Água ou a Vulva 

A ponta para cima representa o Fogo ou do Falo 



Cruz Celta


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A cruz possui quatro braços iguais, envoltos por um círculo. Existe uma outra Cruz Solar que é a Cruz Cristã. Adornada com desenhos celtas e com um círculo na sua parte de cima. Esta cruz, por sua vez, é mais utilizada pelos movimentos cristãos Irlandeses e Bretões e é mais um sincretismo cristão de símbolos e identidades pagãs. Representa: 


Equilíbrio 
Igualdade 
Harmonia 

O símbolo aparece por toda a Europa desde o terceiro milênio a.C. e foi mais utilizado pelos povos Celtas
(Caltiberos,Gauleses,Gaélicos) e também teve uso por meio dos povos nórdicos sendo considerada uma Cruz de Odin. 

Ao que tudo indica que era usada por eles em Amuletos de proteção sendo comumente gravadas em pedras, ornamentos e instrumentos.

Na Alquimia e no Ocultismo não existe um significado muito latente. O uso se remete normalmente a Cruz Irlandesa(cristã), que une em si o simbolismo do círculo(eternidade) e da cruz cristã(sacrifício, ressurreição). 

Nas Tradições (Neo)Pagãs, diferente dos grupos reconstrucionistas celtas utilizavam-se deste símbolo para expressar sua busca pela vivificação da cultura destes povos. Aqueles que seguem a religiosidade ligadas ao Celta como o Druidismo(Histórico, Neo e Reconstrucionista) usam tal símbolo para representar a sua fé como uma homenagem aos seus ancestrais e Deuses.

Na Bruxaria este símbolo ganha o significado de equilíbrio e igualdade, onde os braços da cruz, por serem idênticos são uma referência a isto. Também demonstra ser um símbolo de união dos Deuses, já que o Deus é representado pelas quatro estações da roda do ano e a Deusa pelo Círculo Lunar(Lua Cheia).

Para os Pagãos é um símbolo de: 

equilíbrio 
força 
ancestralidade 

Para os Cristãos é um símbolo que demonstra a eternidade de Cristo, lembrando que há variações no formato das cruzes de um e outro. 

Infelizmente, a cruz irlandesa cristã e até mesmo a cruz celta pagã são utilizadas por alguns radicais e racistas, para eles o símbolo é uma suposta e absurda supremacia brancaem relação aos Negros e pessoas estrangeiras em países como Irlanda e França. Tanto que na Itália o símbolo foi proibido por ser considerado Fascista. 

Ourobo

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O símbolo representa: 

continuidade 
eterno retorno 

Na linguagem copta e no idioma hebreu, ouro (Ourobo) significa Rei, e obo (Ourobo) significa Serpente. Sendo que tais expressões são uma interpretação relativamente moderna, não sendo possível analisar uma etimologia mais precisa quanto à raiz exata do termo.

Contém os animais místicos do fogo, o Dragão ou a Serpente, num movimento circular engolindo o próprio rabo, dando a ideia de que se alimentam através de si próprios. Aparece somente com uma cor, ou o mais comum; contendo duas cores, representando a união das polaridades, feminino e masculino, claro e escuro, divino e profano entre outros.

Os achados mais antigos deste símbolo possuem e indicam mas de 3.000 anos. Foram encontrados em diferentes locais e datas com diferentes povos, dentre eles são citados: 

Egípcios(Representando a Ressurreição de Rá como o Sol), Chineses, Nórdicos(Jormungand), Fenícios, Hindus, Gregos e outros. 

Na Alquimia e no Ocultismo, tal símbolo é utilizado na maioria das vezes em livros, da expressão Hen to Pan que pode significar o Um, o Todo ou Tudo é um,um é Tudo. Marcando desta forma o significado de ressurreição, transmutação ígnea onde o adepto morre e renasce iniciado.
Nas Tradições (Neo)Pagãs: Simboliza o eterno retorno da alma na roda das existências. Na Bruxaria pode ser utilizado para representar a roda do ano, o eterno retorno do Deus Sol, que pode ser comparado com a Serpente e ligado ao Submundo como tal Deus que se sacrifica e renasce constantemente num ciclo eterno.

Como símbolo Pré-Cristão, a Serpente do Ourobo representa Sabedoria, a capacidade de enxergar e entender o universo, e para a visão Cristã é vista de forma maléfica e ligada ao Inferno. O Círculo pode representar a roda do Sol, o Universo e a Continuidade para os pagãos, representando assim o limite entre os mundos para os Cristãos.

Algumas vezes, o símbolo aparece criando dois círculos contínuos, igual ao número oito, um acima do outro, e pode ter sido desta representação que o símbolo matemático do infinito surgiu.

Círculo Mágico

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O círculo mágico é um dos principais "instrumentos" de uma Bruxa. É o local sagrado onde será concentrada a energia utilizada durante os rituais, adivinhações, preparo de poções e todas as coisas que a bruxa desejar fazer dentro do círculo. É um local de proteção e de comunicação com os deuses, onde podemos manipular energias livremente.

Ele pode ser feito de qualquer forma que você desejar. Você pode traçar o círculo com seu athame, com sua varinha, seu bastão, espada, com um galho de árvore com os dedos, ou você pode fazê-lo físico também. Desta forma, ele pode ser feito com velas, com ervas, flores ou folhas, pedras, ou desenhá-lo na terra (caso esteja ao ar livre). É importante apenas que você consiga visualizar e sentir o seu círculo lhe protegendo ao seu redor. E também, ele pode ser feito apenas para um local específico, onde você pode consagrar itens traçando um círculo mágico físico em seu altar.

Também é indispensável que o círculo mágico seja sempre desfeito, e que as energias sejam devolvidas aos lugares que você desejar direcionar. Um acúmulo de energias devido a um círculo mal fechado, ou, à falta de direcionamento de energias, pode transformar-se em um excesso que pode lhe prejudicar. Se você traçou o círculo convidando alguma deidade, ou algum elemental, então você deve destraçar seu círculo despedindo-se desta deidade/elemental, e agradecendo por sua presença. Você deve destraçá-lo pelo sentido contrário do que traçou, e com alguma frase que indique a despedida. Exemplo para abrir e fechar o círculo mágico:

"Eu, (nome ou nome mágico), invoco o Deus e a Deusa (além ou invés deles, pode invocar algum guardião, deidade específica ou afim) para este ritual, para que a mim se unam através de pensamento e de meus atos. Guiem-me e orientem-me em meus caminhos; abençoem este local para que sirvam-lhes bem. Convido os elementais da água, do fogo, da terra e do ar, para que me fortifiquem com seus poderes, e que suas presenças me tragam as bênçãos da Terra."

"Meu propósito está findado; despeço-me da terra, do ar, do fogo e da água, que me auxiliaram em meus objetivos. Agradeço suas nobres presenças neste círculo. Despeço-me do Deus e da Deusa (e/ou dos outros guardiões, deidades ou afins que tenha convidado) e agradeço por suas bênçãos que iluminam meus dias e guiam meus passos. Que este círculo esteja desfeito, mas que as bênçãos nunca estejam."

Você pode traçar seu círculo quando for utilizar seu altar em casa para um fim específico, ou pode sair ao ar livre e traçá-lo na natureza, caso for praticar sua magia em um local que não seja no interior de algum domicílio. Não faz diferença se ele é feito dentro ou fora de casa, nem mesmo se é físico ou não. O círculo serve para que você concentre e harmonize as energias que utilizará em qualquer que seja a atividade que esteja praticando. Também pode-se traçá-lo ao meditar, ou ao apenas realizar um pedido à deuses. 

Detalhes importantes:

Lembre-se de não sair do círculo mágico durante rituais. Caso for utilizar elementos que não estejam no altar ou ao seu alcance, deixe-os próximos, ou dentro do círculo. Caso você saia do seu círculo, ele não será desfeito, mas a energia acumulada ali será dispersa, e tudo o que você praticou até agora terá de ser recomeçado. É a mesma coisa para rituais.

Você não precisa se preocupar com norte, leste, sul ou oeste, nem mesmo com traçar o círculo em sentido horário ou anti horário. Faça da forma que lhe for mais conveniente, tendo o cuidado de sempre visualizar seu círculo ao seu redor, e de destraçá-lo no sentido inverso em que abriu. 

Não há restrições diretas para a forma em que você abrirá seu círculo. Ele é, acima de tudo, seu templo e seu contato com os deuses e com a natureza. Sempre o faça e o visualize da forma que você achar melhor. 

Lembre-se também que não há forma errada de traçar o círculo. Qualquer frase que você sentir necessidade de dizer, será correta. Qualquer instrumento que você utilizar - seja ele seu dedo indicador ou um athame para traçá-lo, será correto. Qualquer quantidade de voltas - embora duas sejam boas para que não haja um local mais "fraco" ou furos em seu círculo - que você der, ou deidades e elementais que você convidar, também será correto. Caso funcione bem para você, então seja feliz praticando sua magia!

O Círculo Mágico representa: 

Proteção 
Estabilidade 
Perfeição 
Renovação 
Fluxo Energético


Frases e Ditados citados por quem utiliza o conhecimento sobre este símbolo: 

O círculo, por outro lado representa a totalidade. Tudo centro do círculo é uma coisa só, circundada e limitada. Esse seria o aspecto espacial. Mas o aspecto temporal do círculo é que você parte, vai a algum lugar e sempre retorna. O Universo é o Alfa e o Omega, o princípio e o fim. O Círculo sugere imediatamente uma totalidade completa, seja no tempo ou no espaço.


Venus de Willendorf

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A Venus de Ancestralidade representa: 

Fertilidade 
Ancestralidade 
Prosperidade 

Vênus é uma descrição genérica para diversos tipos de imagens ou estátuas femininas. Willendorf é o nome do local onde a estatueta foi descoberta em 1908 na Áustria. Uma estatueta de Pedra com aproximadamente 11 centímetros, feita de oolítico(material que não existe na religião de Willendorf), pintada com ocre vermelho, representando uma mulher com aspectos avantajados nos seios, vulva e barriga. Tem na cabeça um possível traçado comum da época ou uma ampla quantidade de olhos.

Possui, devido as análises, aproximadamente 24 mil anos de idade, sendo considerada uma das mais antigas Vênus europeias. Foi produzida, provavelmente, por tribos nômades de caçadores que deram origem aos povos chamados de indo-europeus.

Na Alquimia e no Ocultismo não possui nenhum uso conhecido. Apenas apresenta semelhanças de tamanho e formas disformes como as bonecas de pano, muito usadas em rituais de direcionamento energético, como no caso dos vodus.

Nas Tradições (Neo)Pagãs, para a maioria das diferentes religiosidades pagãs representa, não só a Vênus de Willendorf como várias outras que representam uma crença dos povos antigos em seres femininos diretamente ligados a fertilidade e abundância.

Para os crentes no conceito de Grande Mãe, algo muito presente nos seguidores da Bruxaria, Willendorf representa a própria.

Ao colocarem tal estatueta no altar(cópias, obviamente),os pagãos acreditam estar honrando a memória e a crença de deus ancestrais, além de estarem atraindo para si bençãos de prosperidade e fertilidade, visto que as formas avantajadas da Vênus mostram que provavelmente este era o seu uso no passado; um talismã para fertilidade e uma representação da divindade mãe do povo que a esculpiu.

Ao ser comparada com as outras Vênus, Willendorf é uma das mais curiosas, pois é a única que mostra com clareza a ideia de fertilidade devido ao tamanho de seus seios, vulva e barriga, podendo inclusive, representar uma mulher grávida.As Deusas da fertilidade sempre existiram nas mais diferentes culturas, e dentro das religiões monoteístas, mesmo com toda a repressão do patriarcado, muitas figuras femininas se mantiveram presentes na religiosidade popular e tiveram que continuar sendo cultuadas de algum modo.

Neste caso, Maria é uma semideusa virgem ligada à criação divina e a pureza; Madalena também vista por alguns cristãos(Gnósticos) como uma semideusa da restauração, bondade e persistência, a Santa Brigith(uma Deusa Pagã Celta), Lilith uma divindade do período pré-monoteísta dos povos judaicos(Semitas e Hebreus) e tantas outras figuras femininas enchem as religiões monoteístas dando aos seus dirigentes sérias dores de cabeça na tentativa de explicar o porque de terem sido em partes sincretizadas à essas religiões.

A Vênus de Willendof é hoje, vista como um símbolo universal do poder feminino . Observação: É extremamente importante alertar que apesar de algumas figuras, ideias, nomes ou estereótipos ligados a Deusas ou concepções femininas existirem dentro das religiões monoteístas em nada, absolutamente nada, o tipo de crenças monoteísta se assemelha ao pagão em relação aos aspectos femininos da mulher ou da divindades, logo, não misturem as coisas.

Em outras palavras, a crença influencia e depende de seu material, mas sempre é lógica e simbólica: Se o talismã suporta Rubi, imediatamente terá conexões com Marte, tanto o planeta quanto o ser mitológico. O Pentáculo é a forma mais evoluída de talismã e procede da ideia de um objeto que contém o todo, que resume o todo, que é a síntese do macrocosmo. Outros símbolos menores na Bruxaria são o Tríscele, a Triquietra e as Três Lebres.

Selma - 3fasesdalua

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